Entidade de turismo quer suspensão da verba de “socorro” ao transporte coletivo de Curitiba

WhatsApp
Facebook

Com a economia quase na normalidade os passageiros voltaram não justificando mais aporte público às empresas de ônibus

A Federação das Empresas de Hospedagem, Gastronomia, Entretenimento, Lazer e Similares do Paraná (FETURISMO), filiada a CNTur (Confederação Nacional de Turismo), solicitou ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR) a suspensão de pagamento do “socorro financeiro” ao transporte público de Curitiba. Em alerta encaminhado na sexta-feira (24), informa que o projeto deve ir a votação esta semana na Câmara de Vereadores.

A FETURISMO e entidades filiadas também pedem ao TCE uma investigação sobre a legalidade desse aporte de verba pública para acudir as empresas de ônibus que operam o serviço na capital. A mensagem, encaminhada ao prefeito Rafael Greca e à Câmara de Vereadores de Curitiba, chamava atenção para o regime de urgência da matéria, aprovado diante de muita chiadeira.

A federação pede e reforça ao TCE que determine a suspensão do pagamento, mesmo que aprovado pelos vereadores. A queda nos indicadores da covid-19 em Curitiba, onde boa parte da população já esta vacinada, fez com que quase todos os setores da economia estejam funcionando próximo ao período pré-pandemia, autorizados por decretos da prefeitura.

Normalidade

A flexibilização das medidas restritivas fez com que a circulação de pessoas aumentasse, inclusive no transporte público, informa o ofício. Tanto é que a própria prefeitura autorizou que os ônibus voltassem a circular com 100% da capacidade (em espaçamento entre passageiros incompatível com critérios adotados em outros logradouros e atividades comerciais, reflete a petição).

Diante disto, afirmam as entidades, não é justificável às empresas de ônibus alegarem dificuldades financeiras por causa de redução de passageiros, nem pedir novo socorro à prefeitura (outros dois já foram concedidos em 2020, com aprovação dos vereadores, numa soma total de R$ 288 milhões), retirando verba pública do atendimento à covid para este fim.

Contraponto

A Urbs, empresa que administra o transporte em Curitiba, alega diferente. Ela diz que a média era de 1,2 milhão de usuários/dia antes da pandemia. Com o agravamento do contágio pelo coronavírus, a média chegou a cair para 160 mil usuários/dia e, no início deste mês de setembro, ainda não tinha se recuperado, ficando em 438,9 mil usuários/dia.

Na mensagem a FETURISMO pede, além de medida cautelar suspendendo o pagamento, que o TCE investigue a utilização do dinheiro público para privilegiar poucas empresas de transporte, quando muitas outras do setor de gastronomia e turismo passaram por dificuldades muito maiores que o transporte coletivo.

Mais notícias

.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *