Entidades querem ação conjunta para prevenção e segurança em Shows, Eventos e grandes Baladas

Curitiba terá, até o final do ano, 24 shows internacionais; as inovações tecnológicas podem garantir maior eficiência na prevenção e enfrentamento aos roubos de celular

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PMPR prende cinco pessoas e recupera 54 celulares furtados em festival na Pedreira Paulo Leminski. Foto: PMPR

O Sindicato Patronal das Empresas Promotoras de Eventos do Paraná (Sindiprom) e a Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) defendem ma união de esforços do setor e órgãos públicos para melhorar a prevenção e a segurança em shows, eventos e grandes baladas de Curitiba e Paraná. A intenção é mobilizar empreendedores, colaboradores, clientes e consumidores e os órgãos responsáveis pela segurança pública para garantir tranquilidade nestes ambientes, alvos de quadrilhas especializadas em roubos de celulares e outros objetos.

O Paraná tem grande tradição na realização de grandes eventos. A capital Curitiba, por exemplo, tem 24 shows internacionais programados até o final deste ano. A iniciativa proposta pelas entidades ante noticiário policial das recentes apreensões de grupos de ladrões especializados em roubos de celulares que agiam nestes ambientes, provocando transtornos e prejuízos aos frequentadores.

“A imprensa relata aproximadamente 100 celulares recuperados, volume muito abaixo do furtado, já que integrantes de outros grupos conseguem fugir após o roubo”, comentou Fábio Aguayo, presidente do Sindiprom e da Abrabar. Os órgãos de segurança, segundo ele, tem agido para conter furtos e roubos principalmente de celulares em shows e grandes mobilizações e fiscalizando as empresas de segurança privada.

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“Precisa avançar”

Recentemente, a polícia infiltrou agentes para tentar barrar uma quadrilha de São Paulo especializada em furtos e roubos em Curitiba e região metropolitana. Em uma operação na Pedreira Paulo Leminski, foram detidas cinco pessoas e recuperados 54 aparelhos furtados durante um festival no local. 

“São resultados importantes, por isso precisa avançar nestas ações”, diz Fábio Aguayo. As forças de segurança pública devem fazer um serviço de inteligência e preventivo de monitoramento, e cadastrando os criminosos, buscar nas inovações tecnológicas, como o reconhecimento facial. 

“É fundamental ter um banco de dados nacional permitindo a identificação destas pessoas que praticam delitos em shows e grandes eventos. Desta forma, quando aparecer uma compra de CPF já cadastrado, dispara um alarme e as autoridades vão saber quem é”, diz o presidente das entidades, que são filiadas a Confederação Nacional de Turismo (CNTur).

Mobilização

A Abrabar e o Sindiprom encaminharam ofício ao sindicato dos trabalhadores da categoria, incentivando treinamentos daqueles que atuam em grandes públicos. Documentos com o mesmo propósito serão protocolados na Assembleia Legislativa, secretarias municipal e estadual de Segurança Pública e Câmara de Vereadores, de Curitiba.

Entre as ações ainda, aproveitar espaços com visibilidade e luminosos, “de food rocks, por exemplo”, para veicular informes chamando a atenção de fãs e clientes para cuidar dos pertences nestes ambientes. “Fundamental que todos estejam envolvidos e atuem no sentido de se proteger e proteger o coletivo”, ressaltou.

“Nos últimos 10 anos, os números de atrações cresceram, porém das ocorrências avançam na mesma velocidade, precisamos impedir que dispararem em Curitiba e região, onde tem palcos, espaços e arenas de eventos”, disse Aguayo. 

“Precisamos iniciar pelo Paraná um banco nacional e cadastro destas pessoas e quadrilhas que viajam e circulam por todo Brasil neste turismo de roubos de celulares, já que é muito rentável”, completou.


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