Arapuá e Jataí foram selecionados em votação pelos empregados da usina
As oncinhas do RBV já foram batizadas: Arapuá e Jataí. Os nomes, que representam espécies de abelhas nativas da região, foram escolhidos pelos empregados e empregadas, jovens aprendizes e estagiários da binacional.
A votação e os nomes foram ideia da equipe que cuida dos animais. A lista tinha cinco opções, todas homenageando abelhas nativas: Arapuá, Tubuna, Manduri, Jataí e Borá. “A indicação de nomes das abelhas para as oncinhas tem como intenção reconhecer a importância desses insetos no contexto das interações ecológicas, contribuindo para o processo de educação ambiental”, explicou o veterinário do RBV, Pedro Teles.
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Ao todo, 238 pessoas participaram da escolha. Cada pessoa podia votar em até dois nomes, um para cada filhote. Arapuá foi o preferido do público, com 130 votos, e Jataí o segundo lugar, como opção de 99 respondentes, apenas seis votos à frente de Borá (93).
As duas oncinhas são gêmeas melânicas (pretas) e se parecem muito com a mãe, Nena. Elas nasceram em 29 de novembro do ano passado, concidentemente no Dia Internacional da Onça-Pintada, e crescem saudáveis, pesando aproximadamente 9kg. Quando adultas, elas poderão chegar a pesar em torno de 70kg.
Visitação
Os filhotes recém-batizados vivem com a mãe no recinto aberto à visitação no RBV. É possível conhecer essa família de quarta a segunda-feira, em passeios guiados por meio do Complexo Turístico Itaipu. Os ingressos podem ser comprados pela internet (www.turismoitaipu.com.br), com horários são agendados previamente.
Além das onças, o visitante passa ainda por outros espaços e conhece diferentes espécies sob os cuidados da equipe do refúgio, como antas, veados, jacarés e aves diversas, entre outros.
Conservação
A Itaipu, por meio da sua Divisão de Áreas Protegidas, trabalha com a conservação de onças-pintadas desde 2008. O Refúgio Biológico recebe animais que são apreendidos em criadouros ilegais ou que são encontrados machucados e sem condições de seguir na natureza.
Já nasceram no Refúgio seis filhotes, quatro fêmeas e dois machos. O objetivo, segundo Pedro Teles, é aumentar a variedade genética de indivíduos em cativeiro no país, buscando, no futuro, contribuir para a soltura de espécimes de volta à natureza.
Sobre o Refúgio Biológico
O Refúgio Biológico Bela Vista está inserido em uma área de 1.780,9 hectares, na margem brasileira de Itaipu. O espaço reúne hoje uma grande diversidade de espécies da flora e da fauna regional, muitas delas ameaçadas de extinção, e tornou-se um posto avançado da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (título concedido pela Unesco) por reunir pesquisa, conservação e educação.