Com a presença de convidados ilustres, como antigos membros e familiares, a Casa do Coral, local onde ensaia o Coral de Itaipu, foi reinaugurada nesta terça-feira (06), marcando um novo capítulo na história do grupo. A ocasião foi celebrada com um repertório especial apresentado pelos 50 coralistas, incluindo empregados da ativa brasileiros e paraguaios e assistidos das fundações Fibra e Cajubi.
“Há uma música que diz que ‘a gente não quer só comida’. Também queremos cultura. O trabalho na usina é exigente e detalhista, mas é importante equilibrar essa demanda com momentos de lazer cultural”, afirmou o diretor-geral brasileiro da usina, Enio Verri.
“O Coral cumpre um papel de encantar as almas e proporcionar uma sensação espiritual, tornando a vida mais bela. A reinauguração da Casa do Coral é um símbolo dessa visão, representando uma empresa que valoriza a produção eficiente e a felicidade de seus colaboradores”, completou.
Criado há 28 anos, o Coral da Itaipu tem como principal objetivo a ação social, o trabalho e a motivação do voluntariado. É também um momento de encontro para desenvolvimento em equipe e desenvolvimento pessoal.
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“Aqui, diferentes colegas combinam suas vozes, timbres, instrumentos e sons para encantar nossa plateia e comover nosso público. E isso exige preparação, ensaio, estudo, mas, antes de tudo, comprometimento”, afirmou a coordenadora do Coral, Roberta Dal Bosco Carletto.
Espaço remodelado
A obra de reforma da Casa do Coral começou a ser planejada em 2022, já com as primeiras tratativas junto ao Departamento de Obras e Manutenção da Diretoria de Coordenação. O local agora conta com refeitório, banheiros, local para vestuário, sala para instrumentos e sala de ensaio totalmente reformulada, com um tablado permanente.
Segundo a arquiteta Lilian Gonçalves Franco, da Divisão de Infraestrutura, “decidimos otimizar a vista, a insolação e o acesso ao prédio, que antes era rebaixado. Elevamos o terreno ao nível da rua, para aumentar a visibilidade. A fachada foi melhorada, para se adequar ao novo padrão visual da Itaipu que estamos adotando”.
Ela conta ainda que os sanitários, vestiários e o acesso para cadeirantes foram aprimorados. “Criamos um refeitório espaçoso, com mesas grandes, para promover a integração do pessoal. Além disso, adicionamos um espaço para depósito e fizemos um estudo de acústica com o melhor tamanho de sala, a melhor disposição do coral, a elevação da altura do palco e o acabamento de carpete”, explicou a arquiteta.
Coral com história para cantar
Formado em 1996, o Coral da Itaipu já se apresentou no Natal Luz de Gramado, no Supremo Tribunal Federal, em Brasília, e em diversas cidades como Porto Alegre, Belo Horizonte e Assunção, no Paraguai. Entre os anos de 1998 e 2014, gravaram oito CDs.
O maestro que ajudou a formar o coral da Itaipu nos anos 1990, Jocimar Silva, estava presente na plateia. “Para mim é muito emocionante, porque é uma história que a gente começou 28 anos atrás e que permanece até hoje. Que bom ver que alguns dos cantores daquela época estão ainda no coral”, disse.
Silva também destaca a capacidade do Coral de unir pessoas de diferentes posições hierárquicas. “O legal do coral é que ele quebra níveis; não tem diretor, não tem secretária; todo mundo é apenas cantor”, afirma.
Agora com a Casa reformulada e pronta para novos ensaios, o Coral já planeja os próximos projetos. “Queremos gravar mais um álbum para registrar o trabalho do Coral e, nos próximos dias 7 e 8 de setembro, representar Itaipu no Festival Internacional de Coros, em Cascavel”, conta o maestro Geferson Fell.
