O prefeito Chico Brasileiro (PSD) disse nesta segunda-feira (31 de outubro), que não há qualquer fundamento nos boatos sobre a paralisação das obras de infraestrutura custeadas pela Itaipu Binacional em Foz do Iguaçu. “Isso é um risco que não existe”, disse Chico Brasileiro sobre as fake news que grassaram no segundo turno alardeando para o perigo da eleição do presidente Lula (PT).
“Eu conversei bastante com a deputada Gleisi Hoffmann e com o deputado Zeca Dirceu, os dois eleitos com muita força pelo PT do Paraná. Eu tinha a certeza que a resposta deles seria neste sentido de que obras não iriam ser paralisadas, que Foz do Iguaçu não teria prejuízo algum nem de um lado nem de outro”, completou.
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Chico Brasileiro diz ter certeza que a boa harmonia com os governos do Estado e Federal e com a Itaipu Binacional nos próximos quatro anos. “Reconheço e destaco a importância da Itaipu Binacional do desenvolvimento das obras de infraestrutura em Foz do Iguaçu”, disse.
Importância
“A minha gratidão, a gratidão da cidade e o reconhecimento público, principalmente, com o general Joaquim Silva e Luna (ex-presidente da Itaipu) que iniciou todo esse processo da construção da segunda ponte (com Paraguai), da Perimetral Leste, da reforma e ampliação do Aeroporto Internacional e da duplicação da Rodovia das Cataratas”, disse.
Para Brasileiro, a gestão de Silva e Luna a frente da binacional trouxe resultados significativos para Foz do Iguaçu e região. “O general Silva e Luna é um homem com muita firmeza, que não olhou questões políticas, soube me receber na Itaipu, soube apoiar a prefeitura de Foz do Iguaçu, independente do jogo político”.
“Ele agiu com muita grandeza tanto comigo quanto com a cidade e temos que reconhecer seu papel histórico com Foz do Iguaçu”. O prefeito também destacou o entendimento do atual diretor-geral, almirante Anatalício Risden, que deu continuidade as obras da Itaipu. “Uma atitude louvável do almirante Risden”, disse.
“Uma coisa é esta e a outra é a harmonia governamental com o Brasil e com o Paraná que tenho certeza que vai acontecer. Eu tenho certeza que Foz do Iguaçu não será prejudicada em nada com esta troca de governo”, completou.
Brasileiro destaca relação ética de Ratinho Junior com prefeitos
A campanha eleitoral em Foz do Iguaçu nos dois turnos, segundo Chico Brasileiro, foi uma das mais federalizada no Brasil e sua atuação política não poderia colocar a cidade em risco de poder sofrer retaliação. “Eu preferi uma opção de neutralidade exatamente para poder governar a cidade. Todos conhecem e sabem de minhas posições ideológica e eu não poderia, como prefeito, colocar Foz em algum risco político”, disse Chico Brasileiro ontem (31), em entrevista à Rádio Cultura.
Chico Brasileiro argumenta que Foz do Iguaçu é uma cidade que tem que construir pontes e fortalecer laços com os governos estadual e federal, com a Itaipu Binacional e até nas relações internacionais. “É uma cidade que tem que ser construtiva, de união e de harmonia. Isto é minha tarefa como prefeito e por isto a eleição não poderia abalar de forma alguma esta construção que estamos fazendo em Foz do Iguaçu”.
“Eu não participei da campanha, fiz meu voto silencioso, como cidadão, mas Foz do Iguaçu não iria para este enfrentamento e respeitei a posição do governador Ratinho Junior. O governador fez uma opção, vários prefeitos acompanharam, mas vários prefeitos também ficaram em silêncio. Isto é respeito, trabalhamos com muita harmonia com o governador e esta harmonia vai continuar. O governador nunca me disse: olha, se não apoiar vai acontecer isto, de forma alguma. O governador foi muito presente, muito ético neste tratamento com os prefeitos”.
Com a eleição do segundo turno, afirma o prefeito, a democracia no país saiu fortalecida. “Isto é fundamental para que a gente possa restabelecer esta crença na democracia, crença no voto direto, crença na liberdade de opinião”.
“E acima de tudo fazer com que o país possa ser construído dentro de pilares que respeite a opinião contraria e domingo foi o dia que realmente o povo brasileiro deu a demonstração de maturidade política e que isto vai ser uma grande lição para o país”, completou.