Estado poderá pagar por produção e apoio no custo fixo do hospital de Foz do Iguaçu

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Desde janeiro, a Prefeitura injetou R$ 10 milhões do orçamento próprio na manutenção da unidade de saúde

O Governo do Estado poderá repassar recursos ao Hospital Padre Germano Lauck de Foz do Iguaçu por dois caminhos. Pela produção, ou seja, pelos serviços prestados à população da 9ª Regional de Saúde, mais um montante para custeio da despesa fixa, a título de incentivo. A informação é do prefeito Chico Brasileiro, que se reuniu na manhã desta sexta-feira (10) com governador Ratinho Junior, em encontro organizado pelo líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado Hussein Bakri.

“Apresentamos o que é o custo fixo do hospital, que precisa ser visto pela característica que ele tem, com pronto socorro, médicos e UTI (Unidade de Terapia Intensiva) funcionando 24 horas”, disse Chico Brasileiro. “Apresentamos um modelo onde parte dos recursos possam vir via produção e outra parte como incentivo ao funcionamento do hospital, pelo custo fixo que ele tem, que não é variável”. As informações são de Ronildo Pimentel, no Gazeta Diário.

“Neste custo fixo, nós termos um incentivo do Governo para que possamos compor este gasto mensal”, ressaltou o prefeito, logo após coordenar uma reunião de trabalho na Câmara de Vereadores, com participação de Bakri, deputados, vereadores e autoridades. O governador, segundo ele, “gostou da ideia” e “se comprometeu a trabalhar por isto, reunir a equipe”.

“Agora nós vamos marcar e nos reunir em Curitiba com a equipe da saúde do Governo”, ressaltou o prefeito. “Mas acima de tudo, foi uma reunião esclarecedora de como funciona o hospital. Cada um tem seu modelo e nós fomos explicar como funciona o nosso”, reforçou Brasileiro.

Não renovado
Até dezembro do ano passado, o Estado repassava R$ 2,5 milhões por mês ao hospital, resultado de um convênio assinado com o município após a intervenção, em novembro de 2017, mas que não foi renovado. Desde então, a Prefeitura arcou com R$ 10 milhões no complemento da manutenção da estrutura, que é de R$ 7,5 milhões ao mês, aproximadamente.

Desde o início do ano, o Governo vem assinalando que iria ajudar a unidade de saúde pagando por produção, ou seja, quando você compra um serviço. “Mas um modelo que é 100% SUS, não pode ser produção, por que temos que enxergar o custo fixo dele e o apoio ser em cima do custo fixo”, ressaltou Brasileiro.

“Então apresentamos todos os dados, o governador ouviu atentamente e entendeu e isto vai harmonizar com certeza esta questão do hospital”, disse. O prefeito informou que na reunião, que durou mais de 30 minutos, foram apresentados todos os dados. “Inclusive mostramos o quanto custa o hospital de Cascavel, que é R$ 200 milhões ao ano. O de Foz custa de R$ 85 a R$ 90 milhões. O de Londrina custa mais de R$ 300 milhões e o de Maringá R$ 200 milhões”.

“Ou seja, Foz do Iguaçu, além de ser regional importantíssima pelo Paraguai e região, é um hospital que está dentro de um padrão até de menor custo tendo em vista que tem um pronto socorro que atende traumas 24 horas”, ressaltou o prefeito. Brasileiro disse que a reunião na Câmara, foi convocada pelos vereadores, para unir forças e alinhar o discurso.

Otimista
“Para caminharmos na mesma direção, falar a mesma língua. Não adianta prefeito, vereadores e deputado, cada um falar uma coisa”, disse. O líder do Governo, deputado Hussein Bakri, disse que saiu otimista da reunião de Chico Brasileiro com o Governador. “Por que apareceu uma sugestão nova do prefeito. Ele apresentou um desenho dentro do hospital que melhorou bastante a questão do Estado poder desembolsar tecnicamente”, disse.

“O prefeito fez um estudo com a equipe dele, mostrou os números e isto melhorou bastante o ambiente”, ressaltou Bakri, destacando que não tem a “a caneta”, “quem tem é o governador, sou um intermediário e hoje o que fiz? Coloquei o governador com o prefeito, conversaram um tempão”, frisou.

“O governador se impressionou, existe uma divergência entre os números que tem lá e os que são daqui, que realmente impressionam”. De acordo com ele, tem ainda a questão do atendimento regional. “Por tudo isso acredito que possamos avançar”, concluiu ele, reafirmando que a reunião foi convocada pelos vereadores. “Veja que tivemos vereadores de situação e oposição aqui”.

O deputado estadual Soldado Fruet também participou da reunião e destacou da necessidade de o Estado aportar recursos ao hospital. “É a nossa população daqui que vai sofrer sem o atendimento do hospital”, disse. A reunião, aberta pelo presidente da Câmara, Beni Rodrigues, contou ainda com participação do deputado estadual Delegado Fernando.

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