O presidente da Ferroeste, André Luís Gonçalves, vai apresentar a um grupo de empresários nesta quarta-feira (10) o EVTEA (Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental) do terminal ferroviário a ser construído em Foz do Iguaçu. O estudo da obra será apresentado na Acifi pelos engenheiros do consórcio contratado para a elaboração do EVTEA. A estrutura será instalada próximo ao futuro terminal multimodal da região.
O projeto da Nova Ferroeste prevê um braço de linha ferroviária até Foz do Iguaçu, facilitando o escoamento da produção do Paraguai e Argentina até o Porto de Paranaguá. A apresentação, a pedido da Acifi e Codefoz pretende atualizar sobre os investimentos em transporte e logística em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná e nas três fronteiras (Argentina, Brasil e Paraguai), que inclui o novo Porto Seco e a Ponte da Integração.
A extensão dos trilhos da Nova Ferroeste vai ligar o Mato Grosso do Sul ao Paraná e prevê um ramal ferroviário até Foz do Iguaçu, na fronteira do Brasil com Paraguai e Argentina. A ampliação faz parte do processo de retomada da malha ferroviária e prevê a construção de uma estrada de ferro até o litoral do Paraná. As informações são de GDia
A estrutura vai facilitar ainda o escoamento das produções de grãos e carnes do Mato Grosso do Sul até o Porto de Paranaguá e até Santa Catarina, por meio dos municípios de Maracaju (MS), Cascavel e Foz do Iguaçu. Ao todo, serão 1.304 quilômetros de trilhos – 76 quilômetros somente na parte sul-mato-grossense.
Em dezembro do ano passado, o Ministério da Infraestrutura oficializou a liberação de três ramais ferroviários para os três trechos da Nova Ferroeste: de Cascavel a Foz do Iguaçu, entre Cascavel e Chapecó e de Dourados a Maracaju, no Mato Grosso do Sul.
Projeção
A nova EADI será um terminal logístico multimodal com investimento acima de R$ 172 milhões, conforme audiência pública da Receita Federal no final do ano passado. O empreendimento prevê a construção de um porto alfandegado, melhorando a movimentação de cargas na Tríplice Fronteira, tirando o fluxo de caminhões pesados do centro de Foz do Iguaçu, com a interligação da Perimetral Leste.
O porto seco de Foz do Iguaçu será construído de acordo com o novo plano municipal de mobilidade urbana. O terminal já é o maior da América Latina, segundo a Receita Federal. Em 2021, quase 200 mil cargas de importação e exportação passaram pela estrutura, maior movimentação desde 2007. Em 2020, foram mais de 170 mil caminhões.
A proposta inclui um armazém de 3,5 mil metros quadrados, pátio pré-embarque de mais de 19 mil metros quadrados e pátio interno para movimentação e estacionamento de veículos com área superior a 250 mil metros quadrados. O porto seco alfandegado vai permitir as operações de movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias.