A Justiça de Foz do Iguaçu condenou o sindicalista e ex-vereador Dilto Vitorassi, a 1 ano e 15 dias de detenção, em regime inicial semiaberto. A sentença veio após o reconhecimento que Vitorassi cometeu oito crimes de injúria contra o ex-vice-prefeito Nilton Bobato.
As ofensas, lembra o jornalista Ed Queiroz, foram feitas dentro de um grupo de WhatsApp e incluíam xingamentos, ataques pessoais e expressões consideradas “grosseiras, depreciativas e manifestamente ofensivas”, segundo a sentença da 2ª Vara Criminal.
As mensagens, enviadas entre julho e setembro de 2023, não deixaram dúvidas para o juiz Gláucio Marcos Simões: Vitorassi não estava exercendo crítica política, estava agredindo a honra.
Pelo teor dos ataques e pela forma de divulgação, a pena foi agravada porque as ofensas se espalharam por meio de rede social, um fator que aumenta o dano e amplia o alcance da injúria.
O magistrado destacou ainda que liberdade de expressão não é escudo para destruição pública: “Os impropérios ultrapassaram o limite da crítica. Houve intenção clara de humilhar e arruinar a imagem do desafeto político”, diz a decisão. Vitorassi chegou a confessar ter usado os termos ofensivos, mas tentou justificar dizendo que estava “nervoso”.
Em dois episódios específicos, envolvendo acusações de difamação, Vitorassi se retratou formalmente, o que fez a Justiça extinguir a punibilidade nesses pontos. Mas todo o restante foi considerado crime, e a soma das circunstâncias levou à pena de detenção, regime semiaberto, e pagamento das custas processuais. A reincidência dele em injúria também pesou no cálculo final.
A decisão fecha mais um capítulo da treta antiga entre Vitorassi e Bobato, uma disputa que começou no campo político, migrou para o WhatsApp e agora termina no Diário da Justiça, com condenação, regime semiaberto e um recado claro: grupo de zap não é terra sem lei.
Afastado
O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários (Sitrofi) informou, em nota, que Vitorassi está afastado da instituição desde novembro deste ano. “A suspensão foi deliberada em razão dos acontecimentos ocorridos durante a Reunião Ordinária da Diretoria no mês de novembro de 2025”, informa o documento.
No encontro, o então secretário-geral Dilto Vitorassi teria proferido “ofensas e palavras de baixo calão” inclusive a expressão “vai tomar no c…” direcionadas ao secretário Jurídico, Lucas da Silva durante o curso da encontro.
A nota, assinada pelo diretor presidente Rodrigo Andrade de Souza, diz que a diretoria “não compactua com tal conduta” considerada incompatível com a “ética, a urbanidade e o respeito que devem nortear a atuação sindical”.
O espaço segue aberto para o contraditório de Dilto Vitorassi
Abaixo print da nota do Sitrofi

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