Militares do Exército Brasileiro iniciaram uma operação fluvial para identificar portos clandestinos nas margens do Rio Paraná, entre Foz do Iguaçu e Santa Helena. A ação tem o objetivo de localizar áreas usadas por criminosos para a passagem de drogas, contrabando e descaminho, entre Paraguai e Brasil.
O trabalho está sob o comando da 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada. Além do reconhecimento de locais novos, as equipes também aproveitam para vistoriar portos antigos já destruídos em patrulhamentos anteriores. Essa iniciativa ajuda a verificar se não há novas trilhas, abertas ao lado das que foram desativadas.
A ação é demorada e minuciosa e não há um prazo para o encerramento, uma vez que a extensão do rio é grande e os portos são, quase sempre, de difícil acesso. O balanço deve ser divulgado pelo Exército ao fim das atividades.
“Esse tipo de operação demora vários dias, pois a quantidade de locais a serem reconhecidos é muito grande.
Inicialmente o reconhecimento é feito por meio fluvial, e ao ser percebido qualquer tipo de indício nas margens do rio, os militares desembarcam e complementam o reconhecimento a pé”, explicou a assessoria da 15ª Bda.Inf.Mec.
Esta operação, batizada de “Importunus”, teve início em novembro de 2020 e já está em sua terceira fase. As atividades contam com o apoio da Polícia Federal, Batalhão de Fronteira e outras equipes de segurança. O nome da ação é derivado de Portunus, o deus dos portos, chaves e portas.
No mês passado as equipes envolvidas fizeram a destruição de 41 portos clandestinos localizados às margens do Lago de Itaipu, em um perímetro de aproximadamente 10 quilômetros de fronteira entre os municípios de Guaíra e Santa Helena. O trabalho contemplou ainda o levantamento georreferenciado dos espaços.
Foto: Abel Andreghetti
As informações são de GDia