Na noite de sexta-feira (14), foi aberta, na Estação Cultural Haroldo Alvarenga, em Foz do Iguaçu, a exposição “Unlimited City – Otto Wagner (1841-1918), um dos pioneiros da arquitetura moderna. O evento teve a participação do prefeito General Silva e Luna e do embaixador da Áustria no Brasil, Dr. Stefan Scholz.
A mostra reúne desenhos, fotografias, plantas arquitetônicas e outros materiais sobre a obra de Otto Wagner, que teve grande parte de seu trabalho dedicado à sua cidade natal, Viena, capital da Áustria, onde teve grande influência no planejamento urbano.
O lema de Wagner era “o que não é prático, não é bonito”. O prefeito General Silva e Luna ressaltou, em sua fala na abertura da exposição, que essa é uma mensagem salutar para Foz do Iguaçu, destaque mundial pelas suas belezas naturais. “É preciso planejar, melhorar a mobilidade, a segurança, a infraestrutura e tornar ainda mais belo o que a natureza já deixou pronto. Essa lição vai ficar conosco e vamos transformar Foz do Iguaçu em uma cidade cada vez mais inteligente.”
O diretor presidente da Fundação Cultural, Dalmont Benites, comentou sobre a relação de Foz com a Áustria, citando como exemplo Franz Kohlenberg, austríaco que chegou à cidade em 1955, como turista, e se tornou um dos pioneiros do setor turístico do destino; e o restaurante Viena, considerado um dos primeiros do município, que ficava na Rua Almirante Barroso.
“A cultura austríaca nos influenciou na música, nas artes, na arquitetura, na gastronomia e, agora, com a proximidade das obras de Otto Wagner, nos inspira a ser uma cidade mais inteligente”.
Ligação histórica
O embaixador Dr. Stefan Scholz comentou que a exposição de Otto Wagner faz parte de um programa cultural do país para as comemorações do bicentenário da independência brasileira e o papel da Áustria nesse processo.
O apoio da filha do imperador do país, Dona Leopoldina, foi fundamental e a Áustria foi a primeira nação europeia a reconhecer a independência brasileira. Segundo Scholz, essa conexão da época continua a fascinar a sociedade austríaca até hoje.
“A minha tese é que o modernismo vienense dificilmente seria concebido sem a ajuda da fauna e da flora brasileira”, disse. Isso é percebido, segundo ele, nas fachadas, nas casas e até na ferrovia de Viena. A exposição de Otto Wagner, de acordo com ele, explora as influências mútuas entre os dois países.
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Realização
A mostra é promovida pela Prefeitura Municipal, através da Fundação Cultural, com apoio do Centro de Altos Estudos da Conscienciologia (CEAEC), Conselho Municipal de Políticas Culturais e Interludium – Iguassu Convention Hotel.
A exposição permanece aberta até o dia 03 de maio e pode ser visitada pela população, de forma gratuita, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, na Estação Cultural Haroldo Alvarenga (Av. Av. Jorge Schimmelpfeng, 69).