Moradores da comunidade do Monsenhor Guilherme visitaram, na tarde de ontem (24), o Conjunto Habitacional Angatuba, na região de Três Lagoas. A visita foi promovida pela Secretaria Extraordinária de Direitos Humanos e Relações com a Comunidade, Secretaria de Assistência Social e o Instituto de Habitação de Foz do Iguaçu (Fozhabita).
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O objetivo foi apresentar às famílias os apartamentos em construção e os projetos do município para 2020. Essas famílias vivem hoje em áreas de preservação permanente e devem ser realocadas para o condomínio quando as obras estiverem concluídas, em maio do ano que vem. A medida atende a uma decisão judicial do Ministério Publico Federal, que determina ao município a realocação destes moradores.
Conforme explicou a secretária de Direitos Humanos, Rosa Maria Jerônymo, o Governo tem mantido o diálogo com a comunidade do Monsenhor e assumiu o compromisso de levar as famílias até o local para que elas pudessem conhecer as futuras moradias de forma tranquila e organizada.
“Em momentos passados, as pessoas eram levadas para lugares (conjuntos habitacionais) que elas não conheciam, e o nosso objetivo é garantir a cidadania, o direito à moradia, e uma moradia digna” afirmou.
De acordo com o secretário Assistência Social, Elias de Oliveira, essa é uma ação inédita do município, embasada nas políticas de proteção social. “Nós dialogamos com essas famílias e nos propusemos a trazer elas para o local, onde, se elas aceitarem, serão realocadas. É um direito dessas pessoas conhecerem o lugar para onde elas irão, conhecer a estrutura do empreendimento e os projetos do município para essa região”, disse.
Estrutura
A região de Três Lagoas dispõe de cinco unidades básicas de saúde, 11 escolas, 6 CMEIS e dois centros de convivência. A Escola Municipal Olavo Bilac, na Gleba Guarani, passa por uma reconstrução e vai ampliar a capacidade de atendimento.
A previsão é que para o ano que vem seja construído mais um CMEI, uma escola e uma unidade de saúde para atender especificamente os moradores do Angatuba.
“Além disso, vamos implantar uma equipe volante do CRAS para poder atender as famílias”, adiantou o secretário Elias. “Nós temos o compromisso de realocar essas famílias com estrutura digna, equipamentos e serviços do município”, garantiu.
A expectativa é que pelo menos cem famílias se mudem do Monsenhor Guilherme para o Angatuba. Na sequência, os apartamentos serão direcionados às pessoas cadastradas no Fozhabita. “As famílias virão pra cá num primeiro momento e as demais unidades serão ocupadas pelo cadastro geral do Fozhabita, sempre observando o perfil das famílias. Existe um estudo de perfil para que as moradias não sejam inadequadas por conta da composição familiar”, informou a diretora superintendente do Instituto de Habitação, Elaine Anderle.
Angatuba
O Residencial Angatuba começou a ser construído no ano passado e a previsão de entrega é maio de 2020.
Serão 340 unidades habitacionais, cada uma com 40 metros quadrados, dois quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço, além de estacionamento.
O investimento é de R$ 27 milhões, financiados pelo Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) faixa 1.