A passagem de uma Ferrari Purosangue, avaliada em quase R$ 8 milhões, por Foz do Iguaçu, chamou a atenção de quem viu a supermáquina cruzando a cidade rumo ao Alasca. O carro pertence a um empresário alemão, identificado como Em Jay, investidor imobiliário que vive em Dortmund, mas mantém laços comerciais antigos no Brasil.
O veículo faz parte de uma expedição audaciosa: atravessar as Américas, do Uruguai ao extremo norte do continente, no Alasca. A bordo, Em Jay e o copiloto Nicolai Böhm iniciaram a jornada em Montevidéu, passando por cidades como Florianópolis, Foz do Iguaçu e Ushuaia, na Argentina, antes de seguirem rumo ao norte.
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Acidente no Peru interrompe aventura
O sonho precisou ser temporariamente interrompido após um acidente no dia 6 de junho, em uma estrada entre Nazca e Cusco, no Peru. Segundo Em Jay, um veículo na contramão o obrigou a fazer uma manobra brusca, fazendo com que a Ferrari saísse da estrada e caísse em uma valeta.
Apesar dos danos consideráveis — incluindo trincas no para-brisa, acionamento dos airbags, e problemas na suspensão e nos eixos —, ninguém ficou ferido. O SUV de luxo, equipado com motor V12 de 725 cavalos, foi levado à concessionária Ferrari de Santiago, no Chile, onde aguarda os reparos.
Viagem com propósito solidário
Mais do que uma aventura de luxo, a jornada também tem um viés social. Em Jay prometeu doar US$ 0,10 (cerca de R$ 0,55) por cada quilômetro percorrido para uma instituição de caridade na Rocinha, no Rio de Janeiro. Ao final da viagem — que terá mais de 30 mil quilômetros —, a doação deve ultrapassar US$ 3.000 (R$ 16,5 mil).
O empresário, que mantém sua identidade parcialmente preservada, costuma aparecer nos vídeos e fotos da viagem, mas sem revelar seu nome completo. A Ferrari foi carinhosamente batizada de Sammy, em homenagem ao seu cachorro, que faleceu recentemente.
Próximos passos da expedição
Assim que os reparos forem concluídos, Em Jay e seu copiloto pretendem retomar a viagem, seguindo do Chile até a Colômbia, onde embarcam o veículo em uma balsa até o Panamá, superando o conhecido “Tapón del Darién” — trecho sem estradas entre a América do Sul e Central. De lá, a dupla segue rodando até alcançar o tão sonhado destino no Alasca.
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