Fim das coligações obrigou os partidos qualificar lideranças, diz Jairo Cardoso, vereador eleito de Foz do Iguaçu

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Foto: Arquivo pessoal

O fim das coligações proporcionais (legislativo) obrigou os partidos políticos a se organizarem para apresentar lideranças mais qualificadas nas eleições de 2020. A avaliação é do vereador eleito Jairo Cardoso de Souza (Democratas). O fator contribuiu ainda na renovação na Câmara de Foz do Iguaçu, disse ao GDia. Ele defende a mobilização dos conselhos e órgãos de classe para a cidade sair da crise econômica provocada pelo novo Coronavírus.

Jairo Cardoso está no terceiro mandato como conselheiro tutelar e recebeu 1.332 votos no dia 15 de novembro passado, conquistando o primeiro mandato na Câmara Municipal. Natural de Foz do Iguaçu, ele é estudante de História e Gestão Pública e vai completar, no próximo dia 28 de dezembro, 38 anos de idade.

De acordo com Jairo Cardoso, a eleição deste ano foi bastante atípica, principalmente pelo fim da coligação proporcional, onde os partidos indicavam três, quatro candidatos com maior viabilidade e se fechava naquele bloco. “Essa renovação pela forma diferente de contagem também, as somatórias”, disse.

A renovação, de acordo com ele, também ocorreu por que os partidos puderam se organizar, se qualificar e aqueles que com melhor desempenho conseguiram a representatividade. “Significa também um recado que as urnas mandaram, querem ver trabalho, ação e aqueles que não mostraram, que tiveram dificuldade no seu papel, foram suprimidos”.

Excesso

Outro fator que dificulta a eleição de vereador é o grande número de candidatos. “A minha avaliação é que as urnas trouxeram um recado importante, o rompimento da velha política”. O vereador eleito diz que sai satisfeito do processo, “em virtude da mudança e candidatos com grandes estruturas financeiras não foram decisivos”. “Os eleitores, “aparentemente”, estão votando em ideias e projetos novos”. 

O trabalho em três mandatos no Conselho Tutelar, atuando na política pública e conhecendo as demandas, é apontado como fator que contribuiu na eleição. “Também a nossa família. Meu pai, pastor Izidio Cardoso, há mais de 45 anos tem feito um trabalho social dentro da comunidade evangélica”. 

A maior dificuldade foi a estrutura financeira. De acordo com ele, “embora as urnas tenham dado um show”, existem pessoas que ainda apoiam quando tem benefício financeiro. “Nós, de família humilde, de bairro, tivemos dificuldades em virtude disso”, contou Jairo Cardoso.
Mandato e Executivo

O vereador eleito disse que vai defender políticas públicas voltadas as crianças, adolescente, família e melhorias para a população. Em relação ao prefeito Chico Brasileiro, diz que, aquilo que for proposto para benefício, melhoria, “estaremos empenhados”. 

Quando precisar cobrar, representar, denunciar, mostrar as dificuldades, também teremos esse papel, ressaltou. “Vamos buscar o melhor, independente do gestor, queremos ver o município se desenvolvendo e aquilo que for de bem, vai ter o nosso apoio e o que for ao contrário, nos posicionaremos”, disse.

Jairo Cardoso adiantou que está se inteirando do dia a dia da Câmara, conhecendo os servidores, estudando o regimento interno e se atualizando da Lei Orgânica para uma boa legislatura. “Vamos defender menos burocracias no serviço público, lutar pelo período integral na educação e mais oportunidades do primeiro emprego ao jovem”.

Quem produz, fica

O vereador eleito falou sobre os assessores dos gabinetes. De acordo com ele, se forem improdutivos vai defender a redução. “Agora, se você tem uma assessoria que produz, contribui para uma boa legislatura apresentando demandas, atendendo ao público, acho que é válido”. 

O que traz essa sensação da redução do número de vereadores é a improdutividade. “Se está produzindo é bem-vindo. É uma questão que deve ser debruçada com muita cautela, com bom entendimento para não haver prejuízo ao legislador e a população. O importante é uma assessoria produtiva, assessoria inerte traz dificuldades”.

Mobilização

Sobre a crise econômica provocada pela pandemia, o vereador eleito afirma que é preciso mobilizar os conselhos municipais, econômicos, de direitos, associação comercial, indústria e comércio. “Vai ser um ano muito atípico, de grandes dificuldades, de grandes prejuízos e com certeza o município tem que dar uma resposta”, afirma.

De acordo com ele, Foz arrecada mais de R$ 1,2 bilhão e tem condições de trazer alternativas para a geração de emprego e renda, até se recuperar dessa crise que vai deixar um legado muito triste com postos de emprego fechados. “Temos que nos reorganizar e readaptarmos para vencer esse momento”, concluiu.

Por: GDia

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