Forças de segurança do Brasil e Paraguai se unem em operação para destruir plantações de maconha

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O principal objetivo é destruir plantações de maconha no país vizinho, especialmente aquelas que se encontram em áreas próximas aos pontos de fronteira

Forças de segurança do Brasil e Paraguai se uniram em uma grande operação de combate ao tráfico internacional de drogas. A ação, batizada de Nova Aliança, teve início na terça-feira (20) e não tem data para ser encerrada. Equipes da Polícia Federal/BR, Secretaria Nacional Antidrogas (Senad/PY) e Ministério Público PY integram os trabalhos, que neste primeiro momento se concentrarão no departamento de Canindeyú, com desdobramentos para outras localidades.

Informa o GDia que esta é a 38ª fase da ação, que vem ocorrendo todos os anos a quase uma década. O principal objetivo é destruir plantações de maconha no país vizinho, especialmente aquelas que se encontram em áreas próximas aos pontos de fronteira. Viaturas terrestres e helicópteros estão sendo empregados na operação para facilitar a localização dos plantios ilegais.

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De acordo com a Senad, os trabalhos integrados tem um grande efeito sobre o tráfico. Desde a primeira fase da Operação Nova Aliança as forças de segurança já retiraram mais de 30 milhões de quilos de maconha de circulação. Esta droga, caso não fosse destruída, seria distribuída para diversas regiões no Brasil.

A ação, que integra as atividades do Dia Internacional de Combate ao Uso Indevido e Tráfico Ilícito de Drogas, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 26 de junho, também visa à destruição de acampamentos clandestinos usados para o processamento de maconha.

Nesta edição as forças policiais atuarão ainda na identificação de crimes ambientais e na proteção dos povos indígenas, com destaque para a Reserva da Biosfera Mbaracayú e da Ecorregião de Florestas de Alto Paraná, ambas áreas do bioma Mata Atlântica, usadas para o cultivo de maconha.

Os trabalhos são eficientes e já apresentam resultados positivos. Em poucas horas após o início das fiscalizações nessa terça, as equipes já destruíram 15 toneladas de droga e seis acampamentos em Amambay. Segundo a Senad, o valor de mercado da droga, nas grandes cidades do Brasil, poderia chegar a US$ 3,5 milhões (R$ 17,8 milhões).

Somente neste ano, em duas etapas já realizadas, a Operação Nova Aliança erradicou mais de 2.000 toneladas de pés de maconha, aproximadamente 2/5 da quantidade apreendida anualmente em todo o mundo, segundo dados do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).

Ainda na última fase foram incineradas 306,6 mil quilos da droga já pronta para entrar em circulação, com destaque para a desarticulação de uma megaestrutura montada pelos traficantes em meio à vegetação e composta por quatro acampamentos interconectados que continham 30 tambores cheios de maconha embalada a vácuo, cinco toneladas da droga prensada e 400 sacos com o entorpecente picado.

Parceria histórica

A Operação teve início em 2010 e é uma parceria entre a Polícia Federal do Brasil e a Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) do Paraguai, uma vez que cerca de 80% das drogas produzidas no país vizinho tem como destino o mercado brasileiro. Conforme os dados da PF, no ano que começou, a operação eliminou cerca de 2.780 toneladas de maconha. Já em 2011, esse índice foi de 2.380.

Em 2012, houve uma queda no número de apreensões, quando foram registradas 670 toneladas eliminadas. Por sua vez, em 2013 o volume voltou a subir, com erradicação de mais de 5 mil toneladas de entorpecentes.

Entre 2015 e 2020 foram eliminados, tanto de plantações quanto de drogas prontas para a venda cerca de 12 mil toneladas da droga. Em 2021, foram apreendidas mais de cinco mil toneladas da droga.

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