Forças de segurança protestam por melhores condições de trabalho e reajuste salarial em Curitiba

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Servidores afirmam trabalhar com coletes e munições vencidas

Servidores das forças de segurança do Paraná protestaram, nesta terça-feira (20), em frente ao Palácio do Iguaçu, no Centro Cívico, em Curitiba, por melhores condições de trabalho e reajuste salarial. Estiveram presentes na manifestação algumas categorias, como delegados, bombeiros e policiais militares e civis. Entre os principais pontos expostos por eles estão as más condições de trabalho e a defasagem salarial, já que não há reajuste há pelo menos seis anos.

De acordo com os manifestantes, alguns servidores se veem utilizando coletes e munições vencidas e viaturas em situação precária.

À Banda B, o presidente da Adepol (Associação dos Delegados de Polícia do Estado do Paraná), Daniel Fagundes, explicou que a principal reivindicação é “dignidade”: “O governador [Ratinho Jr.] prometeu, não cumpriu e deu as costas para os policiais civis, militares, bombeiros, e estamos vivendo em situação de fragilidade”.

Fagundes destacou que o protesto reclama o pagamento da data-base. “Queremos que ele cumpra as promessas e pague nossa data-base, que está indo para o sexto ano de calote. Hoje, o policial está passando por dificuldades financeiras e sai para trabalhar com 40% de defasagem salarial”, continuou.

Já o presidente da Sinclapol (Sindicato das Classes Policiais Civis do Estado do Paraná), Kamil Salmen, explicou que a intenção não é mostrar à população que a polícia é “inimiga do governador”. Ele também criticou alguns representantes que acompanham o governador Ratinho Jr.

“Temos que mostrar para a população que não somos inimigos do governador. Ele não sabe o que acontece na segurança porque não tem administradores que são da polícia. Ele deveria falar conosco para saber as demandas”, observou.

Salmen indicou que a Polícia Civil vai iniciar um novo tipo de operação. “Vamos trabalhar com o que a lei permite! Não vou trabalhar com uma viatura que pode colocar minha vida em risco ou com uma munição que está vencida, que pode me colocar em perigo. Não vamos trabalhar com aquilo que não dá para usar”, protestou.

O presidente do Clube de Oficiais da Polícia Militar do Paraná, coronel Izaías de Faria, disse que a entidade tem obrigação de defender a dignidade das famílias de policiais. “Estamos participando e apoiando a manifestação porque hoje nossa situação está crítica. Precisamos defender principalmente aqueles profissionais que estão na reserva”, concluiu.

As informações são de Banda B.

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