Foz do Iguaçu é referência no monitoramento, análise de dados e prevenção das síndromes gripais

WhatsApp
Facebook
Fotos: Thiago Dutra/PMFI

Trabalho desenvolvido pela Vigilância Epidemiológica foi apresentado nesta sexta-feira (14) a representantes do Ministério da Saúde, Fiocruz e Centro de Controle de Prevenções em Doenças (CDC) do Canadá

Desde 2013 Foz do Iguaçu possui uma Rede de Vigilância das Síndromes Gripais, as chamadas “unidades sentinelas”, que foram ampliadas pelo Governo do Estado em todo o Paraná, a partir da pandemia de Covid-19, em 2020.

Este trabalho, de monitoramento, análise de dados e prevenção de doenças, foi apresentado nesta sexta-feira (14) pela equipe da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde aos representantes do Ministério da Saúde, Fiocruz e Centro de Controle de Prevenções em Doenças (CDC), de Atlanta, nos Estados Unidos.

Leia também

O encontro, que aconteceu na sede da Vigilância, na Vila Yolanda, foi organizado pela Secretaria de Estado da Saúde (SESA) e marcou o encerramento de uma oficina sobre o tema, que iniciou essa semana em Curitiba. O objetivo é a troca de experiências e alinhamento de estratégias de ação, com a apresentação dos fluxos de trabalho.

O prefeito Chico Brasileiro acompanhou a visita dos grupos e agradeceu a parceria com o Governo do Estado e o Ministério da Saúde pelo compromisso e o olhar especial às regiões de fronteira. Ele também afirmou que Foz do Iguaçu é referência no monitoramento dos vírus em circulação, o que permite ao município traçar estratégias antecipadas para o enfrentamento de doenças.

“É muito importante este trabalho feito pelos nossos técnicos da Vigilância. Este monitoramento nos dá diretrizes para a política assistencial e de prevenção. Todos nós temos o mesmo interesse: fazer com que a ciência possa nos orientar e nos ajudar a salvar vidas, este é o principal objetivo. Vamos trabalhar em conjunto para o fortalecimento da nossa saúde”, disse o chefe do executivo.

Região de Fronteira

Conforme explicou a coordenadora de Vigilância Epidemiológica da SESA, Acácia Nasr, o trabalho desenvolvido pelas unidades sentinelas no Estado é um modelo para o país e a visita dos profissionais a Foz do Iguaçu é para uma análise mais profunda sobre a região de fronteira.

“Foz é uma região que precisa de um olhar especial pela grande circulação de pessoas. Então hoje este trabalho e esta experiência realizada aqui estão sendo apresentados como bons exemplos”, explicou.

Para a assessora técnica da Coordenação Geral de Doenças Imunopreviníveis do Ministério da Saúde, Walquiria Almeida, a troca de experiências fortalece o trabalho desenvolvido pelo Governo Federal. “O Paraná tem um trabalho que serve de modelo e Foz do Iguaçu, uma cidade de fronteira, nos mostra uma rede fortalecida e com excelentes respostas. Essa troca de informações nos fortalece muito”.

Pela primeira vez no Paraná, a epidemiologista do CDC de Atlanta, Hannah Lofgren, disse que está muito animada com a experiência, que, segundo ela, é uma grande oportunidade de integração. “Com a pandemia surgiu uma nova divisão no CDC, que acompanha e vê como funcionam os sistemas nos outros países. Temos essa parceria com o Ministério da Saúde, que nos auxiliou nesta visita”, informou.“Estamos satisfeitos com esta oportunidade de colaborar e muito animados com este encontro, para ver as diferentes realidades existentes. Queremos conhecer e aprender como vocês trabalham”, finalizou.

A secretária da saúde Rose Meri da Rosa, o diretor da Nona Regional de Saúde Ademir Ferreira e o diretor da Vigilância em Saúde Roberto Doldan também falaram sobre o fluxo populacional, o atendimento na saúde a brasiguaios e os dados epidemiológicos da região. “É preciso ter um monitoramento apurado e constante de todas as situações que envolvem os países de fronteira. Nossa rede hoje está fortalecida e nos fornece dados de forma antecipada para que possamos traçar as estratégias com excelência”, disse a secretária.

Paraná

O Paraná tem hoje 34 unidades sentinelas (postos de coleta), 13 delas implantadas em 2020, com o início da pandemia da Covid-19. Elas fazem o monitoramento dos vírus através da coleta (cinco amostras semanais), que é encaminhada para o Laboratório Central do Estado (Lacen-PR), em Curitiba, para análises e os resultados são enviados para o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP/Ministério da Saúde). Caso não haja identificação do tipo do vírus, a amostra é compartilhada com a Fiocruz para a investigação.

Em Foz do Iguaçu a unidade sentinela é a UPA João Samek e todos os hospitais fazem as notificações dos casos ao sistema de informação da Vigilância.

(Com informações da SESA)

Mais notícias

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *