A cidade reforçou, nesta semana, as ações de prevenção ao suicídio como parte da campanha Setembro Amarelo, conforme informações da Secretaria Municipal de Saúde. Em entrevista à Rádio Metropolitana FM 93,7, o secretário de Saúde, Fábio de Mello, e a psicóloga Renata Carvalho, coordenadora de Saúde Mental, destacaram medidas voltadas ao acolhimento, à escuta qualificada e à facilitação do acesso aos serviços públicos de saúde mental.
Dados locais e alerta sobre sinais de risco
Segundo a secretaria, foram registrados 25 casos de suicídio em Foz do Iguaçu nos últimos dois anos, majoritariamente entre homens de 30 a 39 anos. O secretário enfatizou que o suicídio é uma morte evitável e alertou que comportamentos como isolamento, alterações bruscas de humor, perda de interesse por atividades habituais, além de mudanças no sono e na alimentação, devem ser percebidos como sinais de alerta por familiares e amigos.
Serviços de saúde e rede de acolhimento
A psicóloga Renata Carvalho explicou que os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) estão com atendimento disponível sem necessidade de encaminhamento. “O primeiro atendimento pode ser feito por qualquer profissional disponível — seja médico, psicólogo ou enfermeiro — com o intuito de evitar que a pessoa desista de buscar ajuda”, afirmou.
Além disso, os atendimentos também ocorrem nas unidades básicas de saúde (UBSs), nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e nos CAPS. A prefeitura estabeleceu parcerias com escolas, universidades e organizações sociais. Durante este mês, equipes de saúde visitarão colégios estaduais para orientar estudantes do ensino médio, faixa etária considerada de risco.
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Mobilização trinacional e ações no Dia D
A programação da campanha inclui uma blitz educativa marcada para 10 de setembro, que acontecerá no Terminal de Transporte Urbano (TTU) e nas aduanas da Ponte da Amizade e da Ponte Tancredo Neves. A iniciativa envolverá Brasil, Paraguai e Argentina, com distribuição de material informativo e oferta de atendimento com profissionais de saúde.
Quebra de estigma e suporte à população
Os representantes da campanha ressaltaram o papel fundamental da família na identificação precoce de sinais de sofrimento mental e reforçaram a necessidade de combater o estigma associado ao tratamento psicológico. “Não é frescura nem falta de fé, é saúde. Depressão e ansiedade precisam de cuidado tanto quanto uma doença física”, declarou Renata Carvalho.
Onde buscar ajuda
Quem necessitar de apoio pode procurar diretamente os serviços de saúde do município, os CAPS ou ligar para o Centro de Valorização da Vida (CVV) pelo número 188, disponível 24 horas por dia, gratuitamente.
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