Foz do Iguaçu lidera protagonismo pelas vacinas extras nas cidades fronteiriças

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Prefeito Chico Brasileiro defendeu, em reuniões da Frente Nacional dos Prefeitos, que as cidades de fronteira podem ser a porta de entrada de novas variantes, sendo necessário fortalecer um cinturão de segurança contra o vírus nesses municípios

A determinação do prefeito Chico Brasileiro na defesa pelas doses extras de vacinas contra a covid não atendeu tão somente Foz do Iguaçu e outras três cidades fronteiriças no Paraná como deve alcançar mais 51 cidades de mais três estados: Mato Grosso do Sul (fronteira com a Bolívia e o Paraguai), Rio Grande do Sul (Argentina e Uruguai) e Santa Catarina (Argentina). Treze cidades mato-grossenses já receberam 165,5 mil doses, o governo gaúcho já confirmou que 29 municípios fronteiriços do estado vão receber 123 mil doses e nove cidades catarinenses ainda esperam a remessa do Ministério da Saúde.

Chico Brasileiro defendeu, em reuniões da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), que as cidades de fronteira podem ser a porta de entrada de novas variantes do coronavírus, sendo necessário fortalecer um cinturão de segurança contra o vírus nesses municípios. “Mostramos nas reuniões da FNP e no Ministério da Saúde gráficos epidemiológicos com evidências de que numa região de fronteira se atende também os moradores das cidades que fazem fronteira com o Brasil”, disse.

O prefeito Chico Brasileiro, vice-presidente da FNP para as Cidades de Fronteira, coordenou quatro reuniões com 54 prefeitos brasileiros das cidades fronteiriças que reforçaram o pleito junto ao Ministério da Saúde através dos conselhos dos secretários municipais e estaduais do setor. “Em Brasília, procuramos mostrar que os diferentes devem ser tratados de forma diferente. Uma cidade de fronteira é diferente de outras regiões. Nós mostramos isso com informações do número de pessoas atendidas em Foz”, disse. Com uma população de 258 mil habitantes, a cidade tem 424 mil cadastrados no cartão SUS.

Antes da pandemia, passavam mais de 4 milhões de pessoas por mês na Ponte Amizade, entre Foz do Iguaçu e Ciudad del Este (Paraguai), a fronteira mais movimentada da América do Sul. “Algumas vezes, a Saúde procura o endereço registrado no cadastro e simplesmente não encontra. Os casos positivos da doença registrados pela vigilância sanitária no sistema quando se faz a busca ativa das pessoas o endereço não existe e ou a pessoa não mora lá. São pessoas que buscam atendimento em Foz do Iguaçu e que são de outros municípios, provavelmente do Paraguai”, pontuou Brasileiro.

Solidariedade

Essa situação é comum, segundo Chico Brasileiro, em vários municípios de fronteiras que participaram das reuniões da FNP. “Com apoio da Secretaria Estadual da Saúde, apresentamos esses argumentos ao ministro Marcelo Queiroga (Saúde) que compreendeu, absorveu esse entendimento e pediu que a decisão fosse pactuada nos conselhos dos secretários municipais e estaduais de saúde”, disse.

O ministro de Saúde foi respaldado por essa decisão conjunta, tripartite, e o prefeito voltou de Brasília com a certeza do envio das vacinas às cidades fronteiriças. “É a concretização de uma batalha que beneficiou não só Foz do Iguaçu, Guaíra, Santo Antônio e Barracão, são quatro municípios de fronteira no Paraná que estão recebendo. As cidades do Mato Grosso do Sul também receberam e o mesmo ocorreu com os municípios da fronteira gaúcha”.

“Isso mostra o nosso espírito de solidariedade e de irmandade, muito comum na nossa fronteira. Isso foi reconhecido e para nós é extremamente gratificante quando se vence uma batalha, como essa que é a batalha da vida. A grande batalha da vida será agora recomeçar com segurança, com Foz do Iguaçu, um dos principais destinos turísticos do país, destino das pessoas que querem visitar a cidade. Nos dará segurança para que as pessoas retornem para um natal iluminado com tantas coisas que estamos com saudade de fazer e que poderemos fazer nos próximos meses”, completou Chico Brasileiro.

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