Foz do Iguaçu quer reforço na saúde para reabertura da Ponte da Amizade, na fronteira do Brasil com Paraguai

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A reabertura da Ponte Internacional da Amizade tem gerado uma grande expectativa, mas também é ponto de preocupação da sociedade e autoridades de Foz do Iguaçu, especialmente na questão sanitária devido a pandemia do novo Coronavírus (Covid-19). O tráfego sobre a via, suspenso por decisão dos governos federais em 18 de março, deverá ser retomado nesta quinta-feira (15). A criação de novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é apenas uma das providências previstas.

O Plano de Contingência para o enfrentamento da Covid-19, elaborado pela Prefeitura e Governo do Estado, foi encaminhado nesta terça-feira (13) ao Ministério da Saúde. A iniciativa busca reforçar a estrutura do sistema de saúde de Foz do Iguaçu, com uma possível explosão de casos da doença, após a reabertura da Ponte da Amizade. Ciudad del Este, que é capital do departamento de Alto Paraná, dispõe de apenas 28 leitos de UTI.

Foz do Iguaçu dispõe de 75 leitos de UTI atualmente, distribuídos entre os hospitais Municipal Padre Germano Lauck (HMPGL) e Ministro Costa Cavalcanti (HMCC). O Plano prevê a criação de 70 novos leitos de UTI Covid, sendo 50 no Hospital Municipal e 20 na Macrorregional Oeste e implantação de uma unidade móvel na cabeceira da Ponte da Amizade para triagem dos pacientes.

A iniciativa prevê ainda a ampliação da testagem com aquisição de insumos. A proposta inclui aquisição de novos equipamentos como camas elétricas, monitores, ventiladores pulmonares, aparelhos de ultrassom, além da contratação de equipes, incluindo médicos, enfermeiros e auxiliares de enfermagem. 

Contexto

Os números estipulados no plano levam em consideração a média populacional de Alto Paraná (Paraguai), onde vivem aproximadamente 736 mil habitantes. Deste total, estima-se que 96 mil sejam brasileiros residentes no Departamento (Estado). Somados a população da Regional (430 mil habitantes), estima-se que 1,2 milhão de habitantes necessitem de cobertura hospitalar, destaca nota da Comunicação Social da Prefeitura.

“Tendo em vista que o Governo do Estado adotou o critério de um leito de UTI para cada 10 mil habitantes, nós precisaríamos acrescentar 70 leitos na nossa rede para dar conta do atendimento”, adiantou o vice-prefeito de Foz do Iguaçu, Nilton Bobato. 

“Para a ampliação no Hospital Municipal, teremos que realocar os casos leves de trauma para outro hospital”, comentou. O custo mensal desta nova estrutura seria de R$ 6,3 milhões, além de 7 milhões em investimentos (equipamentos e insumos). 

Novas equipes

O Ministério da Saúde se propôs a disponibilizar um cadastro de profissionais médicos do país para que o município faça a contratação. “Não há uma política nacional de contratação direta, ou seja, não existem instrumentos legais para ajudar com pessoal, por isso estamos cobrando estas garantias para buscar soluções”, ressaltou Bobato. 

Por: GDia

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