Desde o início da Operação Raízes do Cedro, realizada pelo Ministério de Relações Exteriores, Foz do Iguaçu recebeu 653 brasileiros e familiares repatriados da zona de conflito no Líbano. O número representa 25% do total de 2.663 repatriados entre 4 de outubro e 27 de novembro.O balanço das ações foi apresentado nesta quinta-feira (05) na Câmara de Vereadores pelo Comitê Especial de Atenção aos Repatriados e Migrantes do Líbano.
Ao longo do período de acolhimento dos repatriados do Líbano em Foz do Iguaçu, diversos serviços foram disponibilizados para garantir assistência integral a todos. A Casa do Migrante recebeu 120 pessoas, enquanto a Secretaria da Saúde realizou atendimentos a 18 repatriados. Na Casa de Acolhimento, outras 18 pessoas foram acolhidas, e a Diretoria de Assuntos Internacionais acompanhou 45 pessoas em suas demandas. Além disso, 18 famílias foram atendidas pelos serviços de assistência social do CRAS Oeste
Para garantir um suporte adequado à população resgatada, Foz do Iguaçu instituiu o Comitê Especial de Atenção aos Repatriados e Migrantes do Líbano. “A Operação Raízes do Cedro destaca a capacidade de Foz do Iguaçu de responder a crises humanitárias com agilidade e empatia. Nossa gestão é uma gestão que tem muita capacidade, contamos com a atuação de diversas secretarias, como a Secretaria de Direitos Humanos e Relações com a Comunidade e a Secretaria de Assistência Social que auxiliaram e lideraram esse processo”, avaliou o diretor de assuntos internacionais, Jihad Abu Ali.
Segundo a vereadora Anice Gazzaoui, autora do requerimento para que os resultados dos trabalhos fossem apresentados, é importante que a comunidade tenha conhecimento das ações. “O Brasil foi um país que fez um trabalho diferenciado em relação à repatriação e ao acolhimento e Foz do Iguaçu tem sido um exemplo nesse trabalho”, disse.
A vereadora também agradeceu a todos que participaram dos trabalhos desenvolvidos, destacando o prefeito Chico Brasileiro, o governador Ratinho Júnior e a secretária de Direitos Humanos e Relações com a Comunidade, Rosa Maria Jerônimo.
Ações
Entre as ações apresentadas está a implantação de um protocolo de acolhimento, a realização de reuniões com voluntários e entidades parceiras, e a oferta de serviços em áreas fundamentais, como regularização documental e inserção educacional. A Secretaria Municipal de Educação, por exemplo, organizou a integração de crianças repatriadas na rede de ensino.
A operação conta com o envolvimento direto de instituições como Itaipu Binacional, UNILA, Casa do Migrante e Cáritas, além de lideranças das comunidades islâmica e libanesa.
O Comitê Especial também publicou um guia de assistência em Foz do Iguaçu. O guia apresenta os serviços disponíveis na cidade, incluindo assistência social, saúde, educação e regularização documental.
Além disso, a Prefeitura de Foz do Iguaçu também contribuiu diretamente para com as atividades de recepção dos repatriados em São Paulo, a convite do Governo Federal e do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS).
Operação Internacional
A chegada dos brasileiros a Foz do Iguaçu (PR) faz parte da Operação Raízes do Cedro, do Governo Federal, de repatriação de brasileiros e familiares. Em um período de 55 dias, 13 voos provenientes do Líbano trouxeram mais de 2.663 pessoas ao Brasil.