Foz do Iguaçu terá fundo de auxílio a agentes culturais e aguarda plano nacional

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Reunião na Fundação Cultural teve participação do presidente Juca Rodrigues, o vereador Queiroga, artistas e agentes culturais de Foz

Edital da Fundação Cultural vai destinar R$ 200 mil para socorrer músicos, atores teatrais e agentes que promovem cultura na cidade

A Fundação Cultural está perto de concluir o edital que cria um fundo municipal para emergência de artistas e agentes culturais de Foz do Iguaçu. A maioria destes trabalhadores foi atingida pela crise provocada pela pandemia do novo Coronavírus, pois dependem de apresentações para receber. A expectativa dos atores da produção artística da cidade é pela sanção do presidente Jair Bolsonaro, da Lei Aldir Blanc, que prevê R$ 3 bilhões em socorro ao setor cultural.

A política cultural em tempos de pandemia pautou reunião do presidente da Fundação Cultural, Juca Rodrigues, com o vereador Luiz Queiroga, músicos, atores teatrais e promotores de atividades artísticas. O segmento, na avaliação dos participantes do encontro, foi o primeiro a parar após o início da crise provocada pelo coronavírus. Desde então, estão proibidos eventos e outras ações que dependem da presença de público, gerando aglomerações.

A vida cultural “presencialmente”, provavelmente será a última a voltar, acredita Juca Rodrigues. “Então, algumas iniciativas, vi um circo que fez drive-in e achei até interessante, mas assim, isso é exceção ao que a gente está acostumado, aquele público caloroso dos teatros, palcos e tudo mais”, ressaltou o presidente da Fundação Cultural.

Contexto

De acordo com ele, a equipe está trabalhando no sentido de acelerar os processos para colocar recursos e socorrer o setor. “O município está colocando recurso no edital de credenciamento que vai permitir que pessoa jurídica e física possa participar e fazer por, meios on-line, essas apresentações, essas entregas de produtos e a gente pagar e ajudar o artista nesse momento”.

Juca informou que o edital já recebeu o aval da Procuradoria-Geral do Município. “Estamos propondo que ele seja aberto a vários artistas e trabalhadores da cultura em geral”, disse. A intenção é incluir desde técnicos de som de luz, curtineiro de teatro, figurista, cenógrafo… “Vai poder propor quem trabalha com arte e a base é o currículo, para a gente possa saber que a pessoa é da arte e cultura mesmo”, disse.

Nacional

Enquanto acertar os últimos detalhes, a Fundação Cultural aguarda a sanção presidencial da Lei Aldir Blanc, nome inspirado no compositor recentemente falecido e que vai socorrer os agentes da arte e cultura. A iniciativa terá recursos tanto para renda mensal, quanto para subsídios de espaços culturais que não estão conseguindo pagar seu aluguel, empregado.

“Também vamos poder lançar editais de fomento. Estamos com várias linhas pensadas para isso”, adiantou Juca. A Lei Aldir Blanc vai destinar R$ 3 bilhões para socorro ao setor cultural brasileiro. Foz do Iguaçu, de acordo com a base de cálculo da legislação, deverá receber aproximadamente R$ 1,7 milihão.

“O recurso é considerável. Vamos ter um edital que não será aberto para outros municípios”, frisou o presidente da Fundação Cultural. Juca fez questão de deixar claro que o credenciamento para artistas residentes em Foz do Iguaçu, é municipal, assim como outras cidades estão fazendo.

“Estamos fazendo nossa parte aqui, para que a gente possa valorizar o nosso artista agora num momento muito difícil”, destacou. A intenção é dar oportunidade, assim como tem sido feito aos professores, dos artistas trabalharem online e assim continuarem recebendo pela entrega de sua arte e cultura. “A arte é fundamental nesse momento. A arte cura, então a gente precisa cuidar da saúde mental e quem está curando a gente em casa”, completou.

Boa condução

O vereador Luiz Queiroga, que provocou a reunião, disse que saiu do encontro com uma “expectativa bem boa”. “A gente sabe que o processo é complicado, principalmente o público, é burocrático para poder ser viabilizado, mas pelo que percebi com o Juca, está bem adiantado”, ressaltou.

Queiroga também mencionou a Lei Aldir Blanc, que deverá ser sancionada nos próximos dias. “Assim que regulamentar, vai vir os requisitos que serão estabelecidos para que os artistas locais, músicos, dançarinos, teatros, todos, já se encaixem dentro dos padrões”.

O vereador concluiu lembrando que o município está viabilizando um edital, com recursos próprios, para socorrer os artistas locais. “Vi muita boa vontade e agilidade daqueles que estão a frente da Cultura de Foz”.

Os músicos e compositores Rangel e Romani participaram da reunião. “Saímos daqui muito contentes. Estamos representando vários músicos, que não puderam vir hoje de para evitar aglomeração”, disse Rangel. “Só tenho a agradecer o empenho da Fundação Cultural e sua equipe e também a Câmara de Vereadores e Prefeitura, pelo empenho no incentivo dessa lei”, completou Romani.

Participaram ainda da reunião o músico e promotor de eventos culturais, Giovani Fagundes, o Lixo e os ex-presidentes do Conselho Municipal de Cultura, José Luiz e Roberto Vergínio.

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