O secretário de Governança e Transparência, José Elias, disse neste sábado, 22, Foz do Iguaçu vive um momento único que pode convergir a mobilização pelos menores preços na nova concessão do pedágio na BR-277 com a concessão do Parque Nacional do Iguaçu para que venha atender os interesses da população da cidade e da região lindeira. Além disso, segundo o secretário, a mudança do fracassado sistema do transporte coletivo é imperativo e requer também a participação da sociedade, principalmente dos usuários do sistema.
“A questão da concessão do Parque Nacional do Iguaçu tem muito a ser revisto, desde a questão da participação dos royalties da taxa fixa de entrada (R$ 120,00), taxa de outorga e a manutenção do passe comunidade”, disse José Elias.
Se partir de R$ 120 o ingresso, fora o transporte e outros tipos de serviços, segundo José Elias, uma família de quatro pessoas vai deixar mais de R$ 1 mil no parque, inviabiliza o acesso a uma parcela significativa de visitantes e até do ponto econômico é muito desfavorável a retomada da atividade turística.
“Muitos setores e trabalhadores do turismo dependem do parque. Se revermos essa taxa de ingresso, entre outras questões, será muito melhor para todos e também ao parque que é patrimônio da natureza e da humanidade”, disse.
Segundo José Elias, o esquecimento Dos municípios lindeiros ao parque deve aumentar e por isso é importante a defesa que a outorga fixa, que deve chegar a R$ 500 milhões, deve ser distribuída aos lindeiros e com a outorga variável a mesma coisa. “Temos excelente exemplo de Itaipu no desenvolvimento dos lindeiros ao lago de Itaipu”, afirma.
Exemplo
Outro ponto, destaca José Elias, está na mudança do atual modelo de transporte coletivo fadado ao fracasso. “Os usuários, os trabalhadores, não querem mais esse modelo, as empresas querem seguir ganhando uma fortuna ou sendo subsidiadas. A prefeitura vai mudar esse sistema porque a população é a mais afetada”, disse.
Ainda sobre o parque, José Elias lançou a hashtag #somostodoscataratas para ampliar o debate e participação da sociedade na proposta que está sendo levada pelo ICMBio e o BNDES. O exemplo da mobilização pela menor tarifa dos pedágios deve também ser feita em relação à discussão da nova concessão da unidade de conservação.
“Esse movimento feito pelas entidades e pela população resultou no recuo em relação ao pedágio. O mesmo pode e deve ocorrer em relação às novas concessões do transporte coletivo e do parque porque vai impactar na vida nos próximos 20 e 30 anos. O futuro das próximas gerações está sendo discutido nestas três concessões. Atores de hoje estarão já aposentados”, completa José Elias.