Índice de Preços Regional do Paraná foi desenvolvido pelo Ipardes em parceria com secretarias e permite a captação das dinâmicas de preços no Estado
Foz do Iguaçu integra o roteiro de monitoramento que mede a inflação mensal em seis diferentes regiões do Estado. O Índice de Preços Regional do Paraná (IPR – Alimentos e Bebidas) é uma ferramenta desenvolvida pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) que vai permitir acompanhar o valor de 35 itens da cesta básica de alimentos ainda em Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel e Ponta Grossa. O serviço, em parceria das secretarias da Fazenda e Receita Estadual, possibilita aos economistas captar as diferentes dinâmicas dos preços das regiões.
Informa o GDia os técnicos do Ipardes explicam que, para se chegar ao novo indicador, foi realizado um grande trabalho de análise de milhares de notas fiscais eletrônicas emitidas por mais de 360 estabelecimentos, desde grandes redes de supermercados até pequenos comércios locais. Os produtos avaliados foram definidos a partir da Pesquisa de Orçamentos Familiares do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o Paraná e representam cerca de 65% das compras de alimentos e bebidas dos paranaenses.
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Os dados completos do IPR do Estado e de cada uma das seis cidades analisadas estão disponíveis em um painel interativo no site do Ipardes (www.ipardes.pr.gov.br/Pagina/Indice-de-Precos-Regional-do-Parana-IPR). A série histórica está sendo trabalhada pelo instituto desde 2020, sendo possível analisar a flutuação no preço de alimentos e bebidas nos últimos dois anos no Paraná.
“A partir de agora, municípios importantes do Paraná, que até hoje não tinham uma análise detalhada da inflação de alimentos, terão acesso a dados de excelente qualidade. Com esse serviço que o Ipardes está oferecendo, as maiores cidades do Paraná vão conseguir saber exatamente o comportamento dos preços dos alimentos, que têm um reflexo relevante na vida dos cidadãos”, ressalta o diretor-presidente do Ipardes, Marcelo Curado.
Segundo ele, os dados são importantes, por exemplo, para a elaboração de políticas públicas regionais e estaduais. “Será possível elaborar políticas mais direcionadas em função do comportamento particular do índice de preços nas cidades”, explica. “Até então, tínhamos apenas o IPCA medindo a inflação da Região Metropolitana de Curitiba, sem atender outros municípios que são polos de desenvolvimento no Paraná. Agora, temos uma visão mais regionalizada”.
Monitoramento
Após um mês de leve queda, todas as seis localidades pesquisadas no Paraná foram impactadas por altas de preços. Índice, calculado mensalmente, avançou 0,63% no mês passado, frente à queda de 0,18% em janeiro. Produtos com maiores variações foram pera, ovos e leite integral. Com uma oscilação que vai de 0,01% em Foz do Iguaçu a 1,14% em Ponta Grossa, todos os seis municípios que compõem o IPR – Alimentos e Bebidas tiveram aumento nos preços em fevereiro, revertendo o resultado do último período, de leve queda.
O índice, calculado mensalmente pelo Ipardes avançou 0,63% no mês passado, frente à queda de 0,18% em janeiro. O cálculo, divulgado nesta terça-feira (7), mostra ainda aumentos dos preços na ordem de 0,95% em Maringá; 0,78% em Curitiba; 0,55% em Cascavel e 0,34% em Londrina. No mês de fevereiro, o produto de maior alta no Paraná foi a laranja pêra, 9,65% – com reajuste de 15,29% em Curitiba –, seguida dos ovos de galinha, 8,99% e leite integral, 8,26%.
