O candidato Zé Elias 44 disse nesta quinta-feira (29) que a Prefeitura precisa voltar a investir em Foz do Iguaçu e dar mais transparência ao uso dos royalties, recursos destinados todos os meses pela Itaipu Binacional, referentes à produção de energia elétrica e proporcionais à área que o reservatório ocupou do município. “A gente sabe que historicamente, a cada quatro anos, temos quase R$ 600 milhões que são usados para custeio da Prefeitura Municipal, que são os royalties da Itaipu”, disse.
“Se falarmos só de oito anos, temos R$ 1,2 bilhão, que passou pelas mãos dos últimos gestores. Sabemos o quanto isto representa e como é difícil para Foz do Iguaçu olhar para trás e saber que temos poucas coisas construídas com estes recursos”, afirmou Zé Elias. Se somar o montante de royalties recebidos pelo município, são cerca de R$ 2 bilhões, em valores atualizados. No pleito deste ano, o município tem sete candidatos, dos quais dois exerceram três mandatos.
Na plenária do Conselho de Desenvolvimento Social e Econômico (Codefoz), Zé Elias adiantou que vai investir os royalties em obras de infraestrutura e mobilidade. O candidato assumiu ainda compromisso com o desenvolvimento turístico, parques e áreas de convívio e lazer, além de educação, cultura e qualificação. “Tenho falado muito que vivemos em uma cidade sequestrada, e é isso que venho reafirmar aqui: precisamos de um resgate”, disse, ao abrir a explanação sobre os itens apontados.
“Ninguém sabe prever melhor o futuro do que o passado. Em outras palavras, é a conduta de uma pessoa e sua história de vida que conseguem apontar onde ela estará amanhã.” Zé Elias lembrou que reside em Foz do Iguaçu há quase 30 anos, tendo uma jornada pessoal cheia de grandes realizações. Sobre o termo do Codefoz, disse que se trata de uma “formalidade extremamente valiosa”, mas a cidade não pode esquecer que quem irá respeitá-lo e cumpri-lo é quem já demonstrou estar devidamente capacitado.
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“Muitos irão se gabar de ter assinado sua adesão aos projetos do Codefoz, mas poucos de fato irão cumpri-lo”, observou ele, convidando os eleitores a investigar o passado de cada um dos candidatos, “pois só assim poderão concluir quais são os mais capacitados. Capacidade pressupõe rigor”. Zé Elias adiantou que sua gestão vai “recuperar a capacidade municipal de investir com recursos próprios”. Hoje, o município não dispõe nem de 5% do orçamento para investimentos.
Sem conchavos
O candidato reafirmou que irá reduzir em 80% o número de cargos comissionados (servidores nomeados sem concurso público), “acabando com as negociações de bastidores e gerando uma economia de mais de R$ 20 milhões, os quais serão aplicados em projetos como a Tarifa Zero no Transporte Coletivo”, ressaltou. Nesta eleição, o União Brasil lançou chapa pura, sem as tradicionais coligações para prefeito, vice e vereadores.
As propostas de desenvolvimento econômico não são incumbências exclusivas de um gestor público, afirmou o candidato. Segundo ele, elas acontecem no dia a dia, com a soma de esforços de inúmeros gestores de empresas, que empregam, criam riquezas e movimentam a engrenagem produtiva de sua cidade, de seu estado e de todo o país. “É por isso que acredito e reafirmo a importância do ingresso da força empreendedora no meio político.”
“Quem gera emprego e renda, quem sabe ter pulso firme na gestão de uma empresa em um país com carga tributária exorbitante e políticas públicas muitas vezes hostis ao empreendedor, é quem mais tem recursos e experiências para converter a máquina pública em uma máquina de eficiência em serviços prestados à população”, afirmou.
Gestão compartilhada
Na explanação, de 10 minutos, Zé Elias falou sobre outros pontos do plano de governo, de sua gestão que será compartilhada “O Leandro Costa (vice-prefeito) vai capitanear o IPUF, nosso instituto de planejamento e desenvolvimento urbano que pensará e construirá a Foz do futuro”, frisou.
Zé Elias revelou ainda que seu plano contém propostas de obras de infraestrutura que transformarão Foz não para os próximos quatro anos, mas sim para os próximos 30, 40, 50 anos. “E afirmo isso sem qualquer ponta de exagero.”
O candidato também falou sobre os projetos nas áreas de tecnologia e inovação, turismo, educação, trânsito e logística com a presença do maior porto seco da América do Sul em movimentação de cargas. “Precisamos retomar a pauta de ser capital do Mercosul, e ela depende de uma estrutura urbanística exemplar, o que para nós é uma meta que perseguiremos com obstinação”, concluiu.