O deputado federal reeleito Hermes Frangão Parcianello declarou apoio a chapa Novo Movimento Democrático, encabeçada por João Arruda, para conduzir os destinos do MDB do Paraná nos próximos dois anos. A convenção que vai decidir a nova Comissão Executiva será dia 15 (sábado), em Curitiba. Frangão também classificou, nesta terça-feira (4), como “covarde” a tentativa de dissolver o Diretório Estadual do partido, que tem como presidente o senador Roberto Requião.
Na decisão de Frangão, pesou o consenso entre Requião, que é seu aliado de primeira hora, e o projeto de unidade e reestruturação do partido, proposto por João Arruda. “É preciso cuidar com muito carinho do nosso MDB, garantir uma boa organização, já com vistas a eleição municipal de 2020”, analisou o deputado. Nas eleições de 2016, o partido elegeu 70 prefeitos no Paraná.
O irmão de Frangão, Walter Parcianello, fará parte da chapa Novo Movimento Democrático. Além do deputado federal, já declararam apoio ao nome de João Arruda para presidente do MDB o senador Requião, atual presidente, os deputados estaduais reeleitos Anibelli Neto e Requião Filho, prefeitos e ex-prefeitos, vice-prefeitos e lideranças históricas de todas as regiões do Estado.
Manobra covarde
Nesta terça-feira, Frangão reagiu com indignação a uma carta entregue em diversos diretórios municipais, pedindo a adesão de filiados a um manifesto dirigido ao presidente nacional do MDB, o senador Romero Jucá, pedindo a dissolução do Diretório Estadual. Não há como classificar essa solicitação a não ser como oportunista, covarde e desarrazoada”, disse o deputado, em carta enviada aos filiados em todo Paraná.
De acordo com Frangão, não é possível creditar apenas à direção partidária do estado, o desempenho nas urnas na eleição de outubro deste ano. Desde 2010, lembra o deputado, o partido vem numa descendente. No comparativo daquele ano, com 2018, o MDB nacional caiu de 16 para 7 senadores, de 79 para 34 deputados federais, de 147 para 93 deputados estaduais e de 5 para 2 governadores.
Na avaliação do deputado, é preciso chamar o MDB ao debate, à reflexão, à unidade diante da adversidade para, na sequência, retomar sua história vitoriosa. “Indigitar responsabilidades pelo desempenho do MDB nas últimas eleições apenas ao senador Roberto Requião não leva a nada a não ser à divisão, ao conflito, à mesquinharia das pequenas vinganças e do ressentimento”, prossegue a carta do deputado, que defende João Arruda como o ideal para reunificar o partido.
“Se há uma corrente que almeja – e isso é legítimo – a conquista do Diretório Estadual do MDB do Paraná, que forme uma chapa, que proteste, que legitime o debate e que o dispute. Jogar por detrás do toco cascas de banana no caminho de companheiros é comportamento mesquinho de quintas-colunas, de covardes”, finaliza a carta de Frangão.
Foto: Eduardo Matysiak