Funcionários da Vale e engenheiros que atestaram barragem em MG são presos

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Dois engenheiros que atestaram a estabilidade da barragem de Brumadinho (MG) e três funcionários da Vale responsáveis pelo local e seu licenciamento foram presos na manhã desta terça-feira (29), quatro dias após o rompimento que deixou dezenas de mortos e centenas de desaparecidos.

Os mandados de prisão temporária, expedidos pela juíza Perla Saliba Brito, da Comarca de Brumadinho da Justiça de Minas Gerais, têm validade de 30 dias, podendo ser prorrogado pelo mesmo período. “Verifico que é necessária a prisão temporária dos investigados por ser imprescindível para as investigações do inquérito policial”, escreveu a juíza. “Trata-se de apuração complexa de delitos, alguns perpetrados na clandestinidade.” As informações são de Nathan Lopes, do UOL.

Segundo o MP-MG (Ministério Público de Minas Gerais), os três funcionários da Vale –César Augusto Paulino Grandchamp, Ricardo de Oliveira e Rodrigo Artur Gomes de Melo–, presos na região metropolitana de Belo Horizonte, estavam “diretamente envolvidos e responsáveis pelo empreendimento minerário e seu licenciamento”. Oliveira é gerente de meio ambiente, saúde e segurança do complexo, e Melo, gerente-executivo operacional. Grandchamp é geólogo e especialista técnico da Vale.

Em nota sobre a prisão, a Vale disse que “está colaborando plenamente com as autoridades”. “A Vale permanecerá contribuindo com as investigações para a apuração dos fatos, juntamente com o apoio incondicional às famílias atingidas”.

Em São Paulo, foram presos os dois engenheiros terceirizados “que atestaram a estabilidade da barragem”, segundo a PF (Polícia Federal). Eles são Makoto Namba e André Jum Yassuda, que atuam para a empresa alemã Tüv Süd, responsável por fazer a auditoria na barragem que se rompeu.

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