O Paraná deve adotar, na licitação prevista para ser realizada no início do ano que vem, um modelo de pedágio rodoviário semelhante ao implantado em Santa Catarina e algumas rodovias de São Paulo. Nos trechos, o valor da tarifa é de pouco mais de R$ 3,00, destacou Ricardo Gomyde, candidato a governador pelo PDT, que cumpriu agenda política nesta sexta-feira (23) em Foz do Iguaçu.
“O pedágio nas rodovias do Paraná afeta diretamente os o agronegócio, uma vez que nossos produtos perdem competitividade”, disse Gomyde, em entrevista exclusiva na redação do GDia. Na avaliação do candidato, os eleitores terão duas situações para analisar no momento do voto no próximo dia 2 de outubro. O primeiro é a demagogia no governo Roberto Requião (PT), que prometeu baixar os valores ou acabar com a cobrança.
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“Ele não não conseguiu nenhum e nem outro e agora quer voltar ao governo”, afirmou. Em relação ao governador Ratinho Junior (PSD), candidato a reeleição, Gomyde lembrou que o contrato venceu em seu governo. “No entanto, ele optou por deixar a nova licitação por conta do governo federal. Pode esperar, o pedágio vai ser pior e mais caro do que o anterior”, antecipou.
O pedetista informou que estudou os modelos de pedágio de Santa Catarina e São Paulo, com valores menores que os praticados no Paraná, até o vencimento do contrato, em novembro do ano passado. “E lá (nos estados citados), vemos estradas ótimas. Está claro que temos que fazer aquele modelo aqui”, ressaltou.
Na avaliação do candidato, o Governo do Estado pode fazer as melhorias necessárias nas rodovias, impedindo o aumento das tarifas. Gomyde também fez críticas ao atual governo que, segundo ele, não inova, “não é a altura dos paranaenses e as únicas obras realizadas foram bancadas pela Itaipu. Chega da paralisia do presente, nem a volta da demagogia do passado”.
Saúde
O setor sofre devido a falta gestão, disse Gomyde. De acordo com ele, hoje os paranaenses que dependem de tratamento mais complexos, são mandados para longas distâncias, por que não tem próximo de casa. “As cirurgias eletivas não tem a atenção que é necessária, o que acaba aumentando a fila de espera e encarecendo o procedimento devido aos atrasos”.
Em relação a segurança, Gomyde informou que tem conversado com associações de policiais, delegados, praças. “Seis anos e não tem reposição dos efetivos porque não tivemos concurso. Os casos de estresse aparecem todo dia na imprensa, os salários estão achatados, eles não tem plano de saúde”.
“Os treinamentos e equipamentos não são adequados”, foram situações elencadas pelo candidato. “A polícia do Paraná está desamparada, sem assistência e aí quem sofre é o negro, o pobre, o jovem. Temos que ter uma polícia preparada”, disse.
Sobre as questões sociais, Gomyde disse que criou o programa Paraná Dignidade, para cuidar dos mais necessitados. “Hoje, 18% dos paranaenses vivem na linha da pobreza e 250 mil estão passando fome. O que o governo faz para resolver o problema desta gente? Nada. Então, criamos um programa complementar aos auxílios federais concomitante com profissionalilzação para reintegração destas pessoas ao mercado de trabalho”, concluiu.