Construção da nova ponte ligando o Brasil ao Paraguai já mudou a paisagem da região de Foz do Iguaçu. Obra de R$ 463 milhões deve ser inaugurada em março de 2022. Projeto é realizado em parceria entre Governo do Estado e Itaipu Binacional.
O governador Carlos Massa Ratinho Junior avalia como muito positiva a evolução da construção da segunda ponte entre Brasil e Paraguai, ligando as cidades de Foz do Iguaçu, na Região Oeste do Paraná, e Presidente Franco, no País vizinho. Um ano após o início do projeto, aproximadamente 30% da obra está concluída.
A expectativa, destacou Ratinho Junior, é que a nova ponte internacional seja inaugurada em março de 2022. “É um projeto que está em discussão há mais de 25 anos e que tiramos do papel em tempo recorde”, afirmou o governador, ressaltando a importância do envolvimento da Itaipu Binacional para a realização da obra.
Ele destaca que a boa parceria entre o Estado e a direção da hidrelétrica permite um trabalho conjunto que promoverá o desenvolvimento da região. “Somos responsáveis pela gestão desta obra, que é parte do planejamento de melhorar a integração na América do Sul e vai ampliar o turismo em Foz do Iguaçu”, afirma Ratinho Junior. “É um símbolo que marcará esse século como a Ponte Internacional da Amizade marcou o último”, acrescentou.
“Estamos vivendo um momento histórico: este local nunca mais será o mesmo”, afirmou diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna. “A velocidade da construção demonstra o compromisso e a seriedade de transformar promessa em entrega”, completou.
Secretário de Estado da Infraestrutura e Logística, Sandro Alex ressaltou que a intervenção é a maior obra do Estado, uma das maiores do País e um desafio logístico internacional. “A nova ponte é fruto do bom relacionamento com o Governo Federal, que entendeu que o Governo do Estado deveria ser responsável pela gestão da obra”, disse o secretário.
Estrutura
A gestão da obra é do Governo do Paraná, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem (DER). Os recursos são da Itaipu Binacional, que está investindo R$ 463 milhões no projeto que inclui a estrutura, as desapropriações e a criação de uma via perimetral, que vai ligar a nova ponte e a aduana da Argentina à BR-277, caminho para Curitiba e Porto de Paranaguá.
A ponte terá 760 metros de comprimento e vai ser do tipo estaiada, com vão-livre de 470 metros, o maior da América Latina – correspondente a um edifício com 156 andares. Contará com pista de 3,7 metros de largura em cada faixa, acostamento de 3 metros e calçada de 1,70 metro.
Transformação
Atualmente, já é possível ver os oito pilares da margem brasileira quase prontos (os maiores com 60 metros de altura) e parte das sapatas, estruturas que darão sustentação à nova ponte. Também chegaram ao canteiro de obras as primeiras vigas longarinas, que são estruturas metálicas com 20 metros de comprimento e 60 toneladas. Essas vigas servirão de base para a pista de rolamento.
O movimento no canteiro de obras é intenso, com aproximadamente 450 trabalhadores. A expectativa do consórcio Construbase-Cidade-Paulitec, responsável pela construção, é que em abril de 2021 os trabalhos avancem sobre o rio, conectando ambas as margens.
A Ponte da Integração deverá receber o tráfego de veículos pesados para desafogar a Ponte da Amizade, construída há 55 anos e que se transformou numa das fronteiras mais movimentadas do mundo. Isso vai retirar o movimento de caminhões do centro de Foz do Iguaçu.