Greve de caminhoneiros paraguaios forma filas sobre a Ponte da Amizade

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Filas de caminhões sobre a Ponte da Amizade dificultaram durante todo o dia de ontem o trânsito entre Brasil e Paraguai

Um manifesto de caminhoneiros do Paraguai, que engrossou nos últimos dias, tem formado longas filas nas vias de acesso em Foz do Iguaçu e Ciudad del Este e sobre a Ponte Internacional da Amizade, dificultando a travessia de carro entre os dois países. Os trabalhadores reivindicam aumento no valor dos fretes e reclamam do alto valor do combustível. No lado brasileiro, a fila de caminhões pela BR-277, passava do viaduto da Avenida JK.

A mobilização teve início na última semana, mas ganhou força com o trâmite de um projeto que cria a chamada Lei do Frete. A capital do país está “sitiada” com os veículos grandes trancando as ruas. De acordo com o ABC Color, o ato que dificulta a chegada ou saída de Assunção, é para pressionar os parlamentares a aprovar a medida.

Enquanto uma solução não vem, os caminhoneiros e governo tentam um acordo – no final da tarde de ontem (04) estava prevista uma reunião. Em Ciudad del Este, muito caminhoneiros brasileiros que levaram ou foram pegar cargas no país vizinhos, estão enfrentando dificuldades para retornar devido as barreiras montadas pelos manifestantes.

Sem estrutura

Além da longa espera, eles comentam que não tem infraestrutura como banheiros para fazer as necessidades. A concentração em Ciudad del Este, de acordo com a imprensa do país, está localizada a 10 quilômetros da aduana paraguaia da Ponte da Amizade. “Quando eu cheguei na rotatória aqui eles não deixaram passar”, disse Marcos Zarti, caminhoneiro do Rio Grande do Sul.

Na avaliação dele, os colegas paraguaios deveria ter mais consideração com os brasileiros, uma vez que ele estava com o caminhão descarregado. “Assim, a gente fica à mercê de qualquer situação, sem o mínimo do básico que seria necessário, que é um banheiro, um restaurante”, ressaltou.

Uma nova rodada de negociações com a categoria está marcada para esta quinta-feira (05). Conforme os manifestantes, outro problema que a categoria enfrenta é o alto valor do diesel. Eles afirmam que podem ficar parados tempo indeterminado, até que deputados e senadores aprovem o projeto que estabelece valores de custo operacional e preço mínimo de referência para o serviço de frete.

Inflação

A lei do frete que os caminhoneiros pressionam para aprovar e garantir lucro de 25%, vai afetar todos os setores da economia (produtores, indústrias e comércio). O alerta é de representantes de 83 associações empresariais que se reuniram ontem para divulgar uma carta durante uma entrevista coletiva.

Eles ressaltaram, de acordo com a imprensa, que a polêmica regulamentação só trará inflação alta de mais de dois dígitos. Além disso, eles pedem durante o ato na União Industrial do Paraguai (UIP), que as autoridades intervenham diante do fechamento de estradas em todo país.

Os representantes acusaram as grandes transportadoras de realizarem “greves indefinidas” em várias partes do país e, além disso, “sitiaram” Assunção. Os veículos pesados estão espalhados ao longo da Costanera, uma das principais vias de acesso à capital. As dificuldades de trânsito entre Foz do Iguaçu deve continuar hoje, caso o impasse não tenha uma solução.

As informações são de GDia

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