O vírus do novo coronavírus já se tinha espalhado, em Portugal já existiam casos, mas só em março de 2020 é que a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou a pandemia, praticamente três meses depois de ter sido anunciado o primeiro caso em Wuhan, na China.
Tinham morrido pouco mais de 4 mil pessoas. Um ano depois, a covid-19 já tirou a vida de mais de 2,6 milhões.
O primeiro caso em Foz do Iguaçu foi confirmado no dia 18 de março do ano passado, em uma mulher de 33 anos que havia retornado de viagem à Europa dez dias antes, já sentindo sintomas.
Ela procurou informações na equipe da Vigilância Epidemiológica em 12 de março, no Plantão Coronavírus (AQUI para relembrar).
Pandemia
Em uma quarta-feira, 11 de março de 2020, quando o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, declarou que o que até então era considerada uma epidemia, tinha a força de pandemia.
Ao justificar a declaração, ele afirmou que os casos fora da China tinham se “multiplicado por 13”. Tedros Adhanoms disse, à época, que cabia a cada um dos países mudar o curso dessa pandemia se detectarem (casos), testarem, tratarem, isolarem, rastrearem e mobilizarem as pessoas na resposta.
“Estamos nisto juntos e precisamos fazer com calma aquilo que é necessário”. Ele também já alertava para a necessidade de uma resposta mais agressiva.
O representante da OMS para situações de emergência, Mike Ryan, destacava que a utilização da palavra “pandemia” era meramente descritiva da situação e não alterava, “em nada, aquilo” que já estava sendo feito, “nem aquilo que os países deveriam fazer”.
A OMS alertava para os níveis alarmantes de propagação e gravidade do vírus e também para os “níveis alarmantes de falta de ação”. Dois países em particular preocupavam a OMS naquele momento: o Irã e a Itália.
O número de mortes crescia de forma assustadora. Mike Ryan avisava que outros países estariam muito em breve nessa situação, o que se confirmou. O novo coronavírus, que começou na China, se alastrou pelo mundo inteiro.
Matou pessoas, superlotou hospitais, quebrou muitas vezes a solidariedade e a economia. Paralisou a indústria, impediu aviões de levantar voo, fechou escolas e adiou ou cancelou eventos desportivos e espetáculos. Mudou toda a vida.
Os últimos dados, neste 11 de março de 2021, precisamente um ano depois da declaração de pandemia pela OMS indicam quase 120 milhões de pessoas infectadas pelo vírus e mais de 2,6 milhões de mortes.
com informações de Alexandre Brito – Repórter da RTP (Rádio e Televisão de Portugal)