O Governo do Estado prestou atendimento a 3.735 animais silvestres entre janeiro e dezembro de 2024. Desse montante, 2.691 (72%) foram socorridos por postos conveniados ao Instituto Água e Terra (IAT), como os Centros de Apoio à Fauna Silvestre (CAFS) e o Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS). Em outros 1.044 casos a ação se deu diretamente por meio da equipe de fauna do IAT em Curitiba, com atendimento a animais decorrentes de apreensões (723), resgates (214) e entregas voluntárias (107).
A estrutura de cuidado com a fauna paranaense é composta por quatro CAFS, frutos de convênios entre o órgão ambiental e instituições de ensino como o Centro Universitário Filadélfia (Unifil), de Londrina, Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná (Unicentro), de Guarapuava, Centro Universitário de Cascavel (Univel) e Unicesumar, de Maringá; do CAFS em parceria com Parque das Aves, de Foz do Iguaçu; além do acordo com o instituto ambiental Klimionte, de Ponta Grossa, responsável pelo CETAS. O IAT é vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest).
“Com o aporte de recursos, estamos ampliando e melhorando o atendimento que é prestado à fauna silvestre no Paraná. Estamos falando de um trabalho muito importante para a conservação da biodiversidade do Estado, uma proposta em que todos ganham: Estado, universidades e a fauna”, destacou o secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável, Everton Souza.
COMO FUNCIONA
Segundo a Resolução Conjunta Sedest/IAT Nº 3 de 2022, o Centro de Apoio à Fauna Silvestre é um local preparado para receber, identificar, marcar, triar, avaliar, e estabelecer tratamento veterinário para animais acolhidos por órgão ambiental em ações de fiscalização, resgates ou entrega voluntária por particulares.
A permanência dos animais depende do tempo necessário para sua recuperação. O destino pode ser a soltura no habitat natural ou, quando é um risco devolvê-los para a natureza, são encaminhados a criadouros habilitados pelo IAT, ou mantenedores individuais, igualmente habilitados pelo órgão ambiental.
Os atendimentos variam a cada caso, mas consistem na avaliação do animal e, se preciso, o tratamento de doenças, acompanhamento biológico, uso de medicações e curativos e procedimentos cirúrgicos – o que não é uma obrigação das CAFS, mas que podem ser realizados no local. Esse tipo de atenção ajuda a proteger a fauna silvestre e a prevenir o aumento de animais em risco de extinção.