Unidade de Conservação, criada em 10 de janeiro de 1939, recebeu quase 1,5 milhão de visitantes em 2022, 71% do recorde histórico de 2019, antes da pandemia
O Parque Nacional do Iguaçu completou 84 anos nesta terça-feira (10) com uma programação cultural com teatro e o tradicional “Parabéns Para Você” puxado pelo grupo Energia Pura e compartilhado entre convidados e os visitantes que embarcavam em direção as Cataratas do Iguaçu. O ICMBio precisa do envolvimento de todos os setores da sociedade para na gestão da Unidade de Conservação (UC), disse o chefe José Ulisses, ao abrir as atividades comemorativas.
“A Urbia Cataratas (que assumiu a gestão em dezembro do ano passado) está aqui, mas nós, o ICMBio, precisamos da participação e o envolvimento do poder público, das entidades do setor econômico e da sociedade para uma boa recepção aos turistas”, ressaltou Ulisses, em reportagem do GDia. O Instituto Chico Mendes Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão do Ministério do Meio Ambiente, é responsável pela administração da UC, na fronteira compartilhada entre Brasil e Argentina.
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“Estamos diante de uma missão grandiosa, de mostrar que vale a pena cuidar deste parque criado a 84 anos. Sabemos que, quem perdeu de alguma forma este espaço, ganhou um patrimônio mundial”, destacou o chefe local do ICMBio. José Ulisses se referia a dois episódios distintos envolvendo a criação da Unidade de Conservação.
O primeiro foi até a criação do Parque Nacional, a área das Cataratas até então pertencia ao uruguaio Jesús Val, fato que inspirou a frase do criador da aviação mundial. No início do século passado, o aviador Santos Dumont visitou as Cataratas do Iguaçu e, encantado, disse que aquela beleza toda não poderia pertencer a uma pessoa. Ele foi até Curitiba e relatou a visita ao então presidente do estado, Affonso Camargo, e sugeriu a desapropriação das terras, o que aconteceu em 1939.
Patrimônio Mundial
O segundo ponto citado por Ulisses tem referência a 1986, quando a UC foi reconhecida pela Unesco como Patrimônio Mundial Natural (em 2012, as Cataratas do Iguaçu foram eleitas uma das 7 Maravilhas Naturais do Mundo). Para o diretor, ao longo da história, as transformações em busca de melhorar a estrutura foram continuas e não irão parar. “Estamos aqui para enfrentar desafios e entregar um parque que seja referência, um exemplo de qualidade e recepção”, completou.
No ano passado, o Parque do Iguaçu recebeu quase 1,5 milhão de visitantes de países, recuperação de 71% dos mais de dois milhões de ingressos, recorde histórico de 2019, na pré-pandemia. Nos próximos cinco anos serão investidos R$ 500 milhões em infraestrutura, operação e atrativos. O plano prevê a ampliação da prestação dos serviços públicos de apoio à visitação, revitalização, modernização, operação e manutenção dos serviços turísticos, incluindo o custeio de ações em prol da conservação, proteção e gestão.
A solenidade dos 84 anos, no centro de recepção de visitantes, contou com a participação de representantes da Urbia Cataratas, que assumiu a gestão da área de visitação turística em dezembro do ano passado, da Prefeitura Municipal, de entidades ligadas ao trade turístico, profissionais do setor, ex-diretores do parque, imprensa e sociedade em geral.