O fluxo das importações de produtos e mercadorias pelo Regime de Turismo comercializadas em Ciudad del Este e outras regiões fronteiriças do Paraguai aumentou mais de 33% no primeiro quadrimestre de 2023, no comparativo do mesmo período no ano passado.
Recorda o GDia que o superavit positivo da atividade foi detectado pelo Banco Central do Paraguai (BCP) e mostram o processo de recuperação em que se encontram as economias dos municípios na fronteira brasileira do Paraná e Mato Grosso do Sul, afirmam autoridades e economistas do país.
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Os feriados prolongados no Brasil foram fundamentais para o desempenho do setor. Em Foz do Iguaçu, uma boa parcela dos turistas aproveita os períodos de folga para ir às compras em Ciudad del Este. O fluxo comercial também aumenta em Salto del Guairá e Pedro Juan Caballero, vizinhas de Guaíra e Ponta Porã (Paraná e Mato Grosso do Sul, respectivamente). Além dos brasileiros, estas regiões também recebem compradores da Argentina e outros países do Mercosul, “em menor número”, lembra o jornal La Clave.
O setor empresarial do Paraguai aponta um aumento de aproximadamente 20% nas vendas. A perspectiva é que melhore mais no período das baixas temperaturas. “Com a chegada do inverno, a parte de vestuário é mais procurada. No último sábado e quarta-feira desta semana não posso reclamar, vendi muito bem. Meus clientes estão chegando e isso é bom”, disse Norma González, dona de uma barraca na avenida San Blas.
Ela acrescentou que, como comerciante, espera que as coisas melhorem este ano e assim consiga superar o movimento registrado no pré-pandemia. “Estamos trabalhando, os compradores estão chegando e isso é bom. Não estou dizendo que é igual a 2019, antes da pandemia, mas é melhor que o ano passado. Além disso, há mais estabilidade no Brasil e isso faz com que o Real não perca valor em relação ao Dólar e isso ajuda”, acrescentou.
O bom desempenho do setor em Ciudad del Este reflete o benefício fiscal do regime diferenciado criado pelo governo paraguaio para manter a competitividade frente aos produtos importados que são comercializados nas lojas francas (duty free) de Foz do Iguaçu. Com apoio de outras câmaras de comércio do Paraguai, o governo central propôs aplicar tarifas de 5% a 10% para diferentes tipos de produtos que são vendidos na fronteira.
Parado
Mesmo diante dos números positivos apresentados pelo comércio fronteiriço, a imprensa local lembra que o projeto de atualização do Regime do Turismo, está parado no Senado. O La Clave informa que o setor do comércio está organizado e aguarda a adesão das novas autoridades legislativas, bem como do novo Presidente da República, Santiago Peña, para novamente insistir na necessidade de atualizar o programa de incentivo fiscal.
Os importadores e comerciantes insistem na necessidade de estabelecer um pagamento de imposto de importação de 3% + 1% de IVA + 0,50% para serviço de valoração aduaneira + 0,50% de adiantamento de aluguel acrescido de 5%. A isso se soma a alíquota Dinac de 0,50% sobre todos os produtos considerados normais e perigosos. Enquanto a alíquota do imposto de importação sobre roupas e roupas de grifes importadas e calçados esportivos, entre outros itens, é de 10%.
Os representantes do setor realçam que os benefícios fiscais solicitados abrangem as empresas que se encontrem inscritas e as que se inscrevam no Regime de Turismo, de acordo com as disposições estabelecidas e as modificações que decorreram deste pedido.