IPC-Foz: Preço da carne pressiona valor da cesta básica, que aumentou 1,4% no mês de janeiro

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O Centro de Pesquisas Econômicas Aplicadas da UNILA divulgou, nesta quarta-feira (29), o boletim do Índice de Preços ao Consumidor de Foz do Iguaçu (IPC-Foz) referente ao mês de janeiro.

O levantamento mensal, que acompanha a variação de preços dos produtos da cesta básica, mostrou que a carne foi o item que mais contribuiu para o aumento de 1,4% na cesta básica no primeiro mês de 2020.

Em média, as carnes apresentaram aumento médio de 2,8% com relação ao mês de dezembro.

“Apesar de as carnes não terem apresentado a maior variação positiva no período, foi o item que mais contribuiu para o aumento do índice geral. Isso decorre do fato de as carnes serem um dos produtos de maior peso no orçamento familiar, e qualquer aumento nesse item tem grande impacto no IPC”, explica o coordenador da pesquisa, professor Henrique Kawamura.

O boletim destaca o aumento nos preços do acém (5,3%), da paleta (5%) e do peito bovino (4,5%). No entanto, alguns cortes apresentaram queda, como o coxão mole (-12,3%) e o patinho (-11%).

O preço do frango inteiro reduziu cerca de 4,1% e o preço dos ovos aumentou 5,8%. O consumidor deve ficar atento na hora de comprar carne de porco.

O preço dos cortes suínos aumentaram 21,2% no período, refletindo a demanda dessa proteína em consequência da inflação dos cortes bovinos nos últimos meses.

Entre os itens com maior variação positiva, destacam-se as hortaliças e verduras com aumento médio de 9,1%. O preço da alface subiu 13,6%, alface devido ao aumento da demanda típico de períodos quentes.

Em contrapartida, o preço do repolho reduziu 14,4%. Nos tubérculos, raízes e legumes o destaque está no aumento de 11,6% no preço da cebola. De acordo com do Cepea, a oferta reduziu na região Sul para abastacer parte do mercado nordestino, ocasionando a subida nos preços.

As frutas em geral apresentaram uma pequena diminuição de 0,2% principalmente pela queda nos preços da banana caturra (-18,6%), do mamão (-16,8%) e da melancia (-19%).

Em contrapartida, a maçã aumentou 20,7% devido a pouca disponibilidade da fruta nos mercados. A laranja também aumentou cerca de 21,8% no período, em consequência da baixa oferta nessa época de entressafra.

A pesquisa

Desenvolvido por professores e estudantes da UNILA, o projeto IPC-Foz tem como objetivo calcular mês a mês o índice de preços ao consumidor de itens da cesta básica e, assim, contribuir para o acesso à informação da população acerca das variações de preços de produtos comuns do orçamento familiar.

O IPC-Foz utiliza a mesma cesta básica do IBGE do subgrupo de alimentação dentro do domicílio e produtos de limpeza e higiene pessoal. Utiliza-se também a mesma estrutura de ponderação, isto é, a parcela de contribuição de cada item no orçamento familiar a fim de obter o índice geral.

São coletados os preços de 94 produtos, a maioria alimentação e bebidas, em 12 locais de compra das principais regiões de Foz do Iguaçu. A amostra dos locais de compra foram selecionados por meio de amostragem probabílistica proporcional ao tamanho (PPT).

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