Itaipu adota plano de contingência para enfrentar a pandemia do novo coronavírus

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Sem prejuízos à produção de energia elétrica, usina estabelece protocolos para trabalhadores e coloca recursos para ajudar municípios

A usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu, na fronteira do Brasil com o Paraguai, adotou uma série de medidas internas e externas para enfrentar os desdobramentos da pandemia do novo coronavírus, sem prejuízos à produção de energia elétrica. Entre elas está a liberação de um fundo emergencial de 3 milhões de dólares para ajudar Foz do Iguaçu e as demais cidades da 9ª Regional de Saúde do Paraná a combater o problema.

Para garantir o funcionamento normal da usina, a empresa colocou em prática um plano de contingência com validade a partir desta sexta-feira (20). A medida vale por duas semanas e será reavaliada ao fim deste período.

Apenas os empregados que não podem exercer suas funções em casa e trabalham em atividades consideradas essenciais terão suas rotinas mantidas. Um escalonamento será feito, caso haja necessidade. Já os demais adotarão o sistema home office, a exemplo do que vem sendo feito pelas outras empresas do setor elétrico do serviço público e também privadas.

A decisão foi tomada logo depois de uma reunião extraordinária do diretor-geral brasileiro, Joaquim Silva e Luna, com o Grupo de Gestão Estratégica para discutir ações relacionadas ao novo coronavírus e com toda a diretoria brasileira. O grupo de trabalho foi criado na última terça-feira (17). Entre as atribuições do grupo está a emissão de boletins com instruções para os empregados.

Desde quarta-feira (18) estão temporariamente suspensas todas as visitas turísticas à usina. Na quinta-feira (19), o Ministério da Justiça determinou o fechamento das fronteiras. Nesta sexta-feira (20), o número de infectados pelo novo coronavírus no mundo havia passado de 245 mil, segundo a Universidade Johns Hopkins, que mantém uma contagem em tempo real dos novos pacientes. No Brasil, 621 foram contabilizados, de acordo com o Ministério da Saúde. No Paraná, são 23. Em Foz do Iguaçu, onde está instalada a usina, um caso foi confirmado.

Todas as medidas estão sendo adotadas em consonância às diretrizes dos governos federal, estadual e municipal. As fundações Parque Tecnológico Itaipu (PTI), Itaipu Brasil de Previdência Complementar (Fibra) e Itaiguapy, mantidas pela usina, seguem a mesma linha.

Há diversos planos de contingenciamento na Itaipu, considerando diferentes cenários (como greves, por exemplo) e objetivos. No caso da pandemia, a intenção é salvaguardar a saúde do seu público interno (empregados, estagiários, menores aprendizes, terceirizados e turistas, entre outros), sem afetar a geração de energia.

“É um momento que requer atenção redobrada. Vamos acompanhar atentamente a situação nacional e internacional, tomando todos os cuidados necessários, preservando o nosso bem maior, que é a nossa gente, e a atividade fim da empresa, a geração de energia elétrica”, disse o diretor-geral brasileiro, general Joaquim Silva e Luna.

Desde o início do ano, Itaipu gerou 19,8 milhões de megawatts-hora ante 18,8 milhões de MWh quando comparado ao mesmo período de 2019. O aumento registrado é de 5,36%. Os índices de produtividade têm sido os melhores possíveis. A empresa se mantém na liderança absoluta na produção acumulada de energia com mais de 2,7 bilhões de MWh desde o início da operação, em maio de 1984. A Itaipu contribui com 90% da demanda do Paraguai e 11% do Brasil.

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