Quantia é suficiente para atender o mundo por 27 horas; o Brasil, por um mês e 23 dias e o Paraguai por 4 anos e 11 meses.
A geração acumulada da usina de Itaipu, em 2020, vai atingir os 70 milhões de megawatts-hora (MWh) no início da tarde deste domingo (29), segundo previsão da Diretoria Técnica da empresa. Essa quantia seria suficiente para atender o consumo do mundo por 27 horas; do Brasil, por um mês e 23 dias; do Paraguai, por quatro anos e 11 meses; da cidade de São Paulo, por dois anos e seis meses; do Estado do Paraná por dois anos e dois meses; ou, por um ano, 120 cidades do porte de Foz do Iguaçu (PR). Desde a entrada em operação, em maio de 1984, no acumulado nestes 36 anos e seis meses, são mais de 2,7 bilhões de MWh – marca jamais alcançada e que dificilmente será batida por outra usina.
Os 70 milhões de MWh, quando comparados com a produção anual de 2019 das maiores usinas do sistema de energia do Brasil, correspondem a 2,4 vezes ao que produziu a hidrelétrica de Tucuruí (PA); a 2,8 vezes a geração da usina de Belo Monte (PA); a 4,1 vezes o que gerou Santo Antônio (RO); 4,2 vezes de Jirau (RO); 5,4 vezes a geração da Ilha Solteira (SP) e nada menos que 8,8 vezes a de Xingó (AL/SE).
A usina totalmente brasileira que mais produziu no ano de 2019 foi Tucuruí, com cerca de 29 milhões de MWh, seguida de Belo Monte, com cerca de 25 milhões de MWh.
O diretor técnico executivo da Itaipu, o engenheiro Celso Torino, explica a importância desse montante e do atendimento de ponta da usina: “Além da binacional estar garantindo o percentual da energia vinculada à potência contratada da Eletrobras da energia afluente, independentemente do nível do reservatório, na tarde de quarta-feira, 25, atendeu-se a uma demanda emergencial na hora de pico do sistema na ordem de 1.510 MW adicionais”. Essa demanda é equivalente ao consumo de Curitiba (PR).
Mas não foi só dessa vez que a Itaipu atendeu, com robustez, um pedido urgente de energia adicional do setor elétrico. Quando as altas temperaturas bateram na casa dos 40°C, a binacional atendeu com eficiência e qualidade as necessidades do sistema.
“É um trabalho que depende de sinergia de todo o corpo funcional binacional para dar certo, além de bom relacionamento com os parceiros, como o Operador Nacional do Sistema (ONS), Ande, Furnas e Copel, entre outros”, reforça Torino.
Para o diretor-geral brasileiro, general Joaquim Silva e Luna, “num ano atípico, com cenário hidrológico desfavorável e fechamento de fábricas e comércio em alguns estados, o que diminuiu a oferta por energia, a Itaipu vem cumprindo à risca seu papel com sustentabilidade”.
E complementa: “essa atuação vem sendo não só na geração de eletricidade limpa e renovável, mas também em outras frentes, seguindo as diretrizes de sua missão e da boa governança dentro dos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”.
Até 25 de novembro, para se ter uma ideia, a produtividade média da binacional em 2020 foi de 1,0876 MW/m³/s, valor superior ao obtido no mesmo período de 2019 (1,0793 MW/m³/s). A produtividade média anual daquele ano foi de 1,0794 MW/m³/s, a maior do histórico.
Outro destaque é que, até o dia 25, o fator de disponibilidade operacional (FDO) das unidades geradoras de Itaipu em 2020 foi de 96,88%, enquanto o fator de indisponibilidade forçada operacional (FIFO) foi de 0,07%. Todos esses indicadores refletem a eficiência na gestão da produção e dos ativos da usina.
Fotos: Rubens Fraulini / Itaipu Binacional.