O Brasil registrou, em agosto, a primeira deflação desde julho de 2023. O IPCA-15, considerado a prévia da inflação oficial, apresentou queda de 0,14% em relação a julho, quando havia subido 0,33%. Segundo o IBGE, a principal responsável pelo resultado foi a redução no preço da energia elétrica residencial, influenciada pelo “Bônus de Itaipu”.
Neste mês, as contas de luz caíram 4,93% devido à devolução de R$ 936,8 milhões pela usina hidrelétrica binacional, referentes ao resultado financeiro positivo de 2024. O desconto chegou a cerca de 97% dos consumidores residenciais e rurais, com impacto médio de R$ 11,59 por fatura. Com isso, o grupo Habitação apresentou a maior retração entre os componentes do índice de inflação: –1,13%.
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Além da energia, outros grupos também tiveram queda:
- Alimentação e bebidas: –0,53%, terceiro recuo consecutivo. Entre os destaques estão manga (–20,99%), batata-inglesa (–18,77%), cebola (–13,83%) e tomate (–7,71%).
- Transportes: –0,47%, com redução em passagens aéreas (–2,59%), automóveis novos (–1,32%) e gasolina (–1,14%). Também caíram etanol, diesel e gás veicular.
- Comunicação: –0,17%.
Com o resultado de agosto, o IPCA-15 acumulado em 12 meses recuou de 5,30% para 4,95%. Apesar da desaceleração, o índice ainda está acima do teto da meta estabelecida pelo governo, de 4,5% ao ano. Essa foi a primeira deflação desde julho de 2023 (–0,07%) e a mais intensa desde setembro de 2022 (–0,37%).
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