As receitas da Itaipu Binacional tiveram um crescimento de 11,3%, em março de 2024, em comparação ao mesmo mês, no ano anterior.
O valor subiu de US$ 682 milhões para US$ 759 milhões. No período, houve também redução das despesas operacionais, melhora nos resultados financeiros e ampliação dos investimentos em responsabilidade social.
Os dados fazem parte do Orçamento Econômico Global para 2024 e das Demonstrações Contábeis do primeiro trimestre de 2024, publicados no site da Itaipu.
A divulgação segue as diretrizes da Política de Transparência e Divulgação de Informações, aprovada pelo Conselho de Administração de Itaipu.
De acordo com o diretor-geral brasileiro da usina, Enio Verri, parte do aumento das receitas será aplicada na política de modicidade tarifária do Brasil e do Paraguai.
Ele destaca também uma queda de 7% nas despesas operacionais no período. “No acumulado do ano, as receitas e despesas de Itaipu tendem ao equilíbrio econômico-financeiro, premissa básica do modelo de negócio”, avalia.
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O resultado financeiro no ano ficou positivo em US$ 53,6 milhões, bem acima daquele obtido no primeiro trimestre de 2023 (US$ 40,3 milhões). Boa parte da diferença resultou da variação cambial positiva no período (US$ 44,8 milhões).
Segundo o diretor-geral brasileiro, com esses números fica garantida a continuidade dos programas de responsabilidade socioambiental. Os investimentos nessa área atingiram US$ 24,2 milhões no 1° trimestre de 2024, contra US$ 14,9 milhões no 1° trimestre de 2023.
A quitação das últimas parcelas da dívida originada com a construção da usina, no início do ano passado, ajudou a viabilizar o aumento.
Além de permitir à empresa direcionar mais recursos para aqueles programas, o fim da dívida possibilita a ampliação das ações existentes e a adoção de novas iniciativas.
Transparência
A Diretoria Financeira de Itaipu, responsável pela divulgação dos resultados, informa que “Itaipu é comprometida com o mais alto padrão em transparência e governança corporativa. As Demonstrações Contábeis foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis e com as disposições contidas no Tratado de Itaipu, seus Anexos e demais atos oficiais. Suas informações ficam sujeitas à verificação pelo consórcio (binacional) BDO de auditoria independente, conforme requerido pelo Regimento Interno da empresa”.
Na visão da Diretoria Financeira Executiva, “o orçamento não é apenas um reflexo das projeções econômico-financeiras e operacionais da empresa: é também um testemunho de sua responsabilidade com o desenvolvimento sustentável e a integração regional”.
A Diretoria Financeira Executiva considera ainda que, como “a empresa não visa ao lucro, o orçamento aprovado dá sequência à atualização e à modernização tecnológica de forma binacional, sem buscar novas dívidas. Essa diretriz permitirá a manutenção do elevado nível de geração, contribuindo para a segurança energética de ambos os países e cumprindo a sua missão institucional”.