A produtividade é um índice calculado pela relação entre a quantidade de energia gerada e a vazão turbinada (o volume de água que passou pelas unidades geradoras, medido em metros cúbicos por segundo). Isso significa dizer, na prática, que a usina binacional utilizou a água, sua matéria-prima, da forma mais proveitosa possível – ainda melhor que no ano anterior.
Já a produção de energia em 2021, somando os meses de janeiro, fevereiro e março, ficou em 20.275.702 MWh. A quantidade é inferior à registrada no primeiro trimestre de 2020, que foi de 22.260.729 MWh, devido, principalmente, à escassez hidrológica, que foi um grande desafio.
A afluência média no primeiro trimestre de 2021 foi de 8.942 metros cúbicos por segundo (m³/s), 34% abaixo da média para o período. Para se ter uma ideia, no ano hidrológico de 2020, considerado o pior de 1983 até hoje, a afluência média nos primeiros três meses foi de 9.026 m³/s.
Levando em conta somente o mês de março, a afluência média foi de 7.670 m³/s. É a menor afluência para um mês de março já registrada pela usina, 40% abaixo da média para o mês. Em março de 2020, a afluência média chegou a 8.150 m³/s.
Ainda assim, a produção acumulada de Itaipu em 2021, de 1º de janeiro a 31 de março, seria suficiente para suprir o consumo de energia do Brasil durante 15 dias; durante um ano e dois meses no Paraguai; seis meses do estado do Rio de Janeiro; 4,5 anos da cidade de Curitiba; e o de 35 cidades do porte de Foz do Iguaçu ao longo de um ano.
“Todo esse resultado é fruto de um trabalho conjunto das equipes binacionais da diretoria técnica, que está sempre pronta para assumir desafios e superá-los para garantir energia de qualidade para o Brasil e o Paraguai”, afirmou o diretor-geral brasileiro da Itaipu, general Joaquim Silva e Luna.