Morreu na noite deste domingo (10) o jornalista Cicero do Amaral Cattani, aos 81 anos, no Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba. Ele teve o agravamento de algumas doenças crônicas que o levaram a morte.
Ele deixa o amor de toda uma vida, a também jornalista Carmen, com quem esteve casado e apaixonado por 52 anos.
Cicero era natural de Santiago (RS) e com os pais Vitório e Erci foi para São Paulo e depois para o Paraná, onde fixou residência em Curitiba. Com a morte precoce do pai, precisou sustentar a mãe e os cinco irmãos. Ele dizia – e os filhos sempre duvidaram – que até em circo trabalhou.
Ele começou a carreira de jornalista em Curitiba, edição paranaense da Última Hora, de Samuel Wainer. Desde então, começou a viver e respirar política, tendo oportunidade inclusive de adiantar pessoalmente ao presidente Jânio Quadros a conspiração que levou à sua renúncia.
Depois passou pelas redações do Agora, O Estado do Paraná, Diário do Paraná, rede CNT e coordenou a assessoria de comunicação de diversos órgãos públicos, como os Portos do Paraná.
Como muitos jornalistas da sua época, foi preso político e banido das redações. A causa das prisões sempre deu orgulho a ele: ser “subversivo”, contra o regime militar e favor da liberdade de expressão.
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