Do saldo de 1.537 empregos abertos entre janeiro e abril deste ano, 596 são ocupados por jovens entre 18 e 24 anos. Isso é o que indica o levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que monitora o avanço das vagas mensalmente, sendo disponibilizado pelo Ministério do Trabalho.
Conforme os dados, a maior parcela do grupo concluiu o Ensino Médio básico e ocupa cargos em lojas e supermercados, atuando principalmente como vendedores, operadores de caixa e estoquistas. Neste ramo, pouco mais de 200 jovens foram contratados neste ano.
Em segundo lugar aparecem os empregados que possuem formações técnicas, sendo que a maioria atua como professor leigo, ocupando 44 vagas. No atendimento ao público há pouco mais de 30 moças e rapazes e outros 58 trabalham em escritórios. No geral, a maioria dos jovens com carteira assinada são mulheres (342), quase 100 a mais do que os homens (254).
Outro grupo que se destaca no mercado formal na fronteira são os adolescentes até 17 anos, que atuam principalmente como aprendizes. No primeiro quadrimestre foram contratados 387 menores, distribuídos, quase que igualmente, em escritórios e ambientes comerciais.
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Nas faixas etárias entre os 25 e os 64 anos há pouca variação, sendo que a distribuição de vagas aparece bastante mesclada. Neste amplo grupo há também uma grande parcela de empregados no comércio, com pouco mais de 300 contratados neste ano. A segunda maior porcentagem é de trabalhadores da construção civil, onde há destaque para o público masculino.
No panorama geral de empregados neste ano na Terra das Cataratas, 56% possuem Ensino Médio Completo, 13% ainda não concluíram o Ensino Médio, 20% possuem superior ou estão cursando uma graduação, 0,5% concluíram apenas o Ensino Fundamental, 7% chegaram a estudar, mas não terminaram o Fundamental; e 1% são analfabetos. Do total de contratados, 327 são de nacionalidade estrangeira.
Saldo no Paraná
O Paraná registrou, de janeiro a abril de 2024, um saldo de 47.386 novos empregos para trabalhadores com idade entre 18 e 29 anos, um avanço de 45% em relação ao resultado obtido no mesmo período de 2023, quando 32.684 jovens conseguiram um emprego com carteira assinada no Estado.
Os setores que mais empregaram jovens no Estado foram o de serviços, com um saldo de 25.211 novos empregos, seguido da indústria, com 13.210 postos de trabalho formais ocupados pela juventude, e da construção civil, com 3.918. Os setores do comércio e agropecuária criaram 3.867 e 1.180 empregos para esta faixa etária desde o início do ano, respectivamente.
Falta mão de obra
Foz tem no momento uma média de 300 vagas de emprego semanalmente disponíveis na Agência do Trabalhador. Muitas delas acabam se repetindo na lista ao longo dos meses devido à dificuldade na contratação. Os empregadores reclamam da falta de qualificação dos candidatos, já os interessados apontam os baixos salários como principal barreira.
De acordo com a agência, vagas para motorista, vendedor, mecânico, cozinheiro e costureira são as que levam mais tempo para serem preenchidas, muitas por falta de pessoas interessadas, principalmente jovens. Para tentar reverter esta realidade, as empresas têm apostando em contratações sem experiência e de pessoas com idades acima de 40 anos.
Para os trabalhadores que buscam por mais qualificação, para obter promoções, mudar de carreira ou conseguir um aumento, uma boa opção é investir em cursos profissionalizantes, sendo muitos oferecidos de forma gratuita em parcerias firmadas pela Secretaria de Assistência Social de Foz.