Justiça concede Habeas Corpus e Jorge Guaranho vai cumprir pena em casa

De acordo com a defesa, a medida é para que Guaranho possa realizar o tratamento de saúde necessário.
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Justiça suspende julgamento de bolsonarista acusado de matar petista em Foz
O policial penal Jorge Guaranho é réu por homicídio duplamente qualificado. Ele assassinou a tiros Marcelo Arruda, tesoureiro do PT, durante festa de aniversário — Foto: Reprodução

A defesa de Jorge José da Rocha Guaranho informou nesta quinta-feira (12) que a Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná concedeu o Habeas Corpus autorizando a prisão domiciliar com monitoramento eletrônico para Jorge Guaranho, acusado de matar o Guarda Municipal Marcelo Arruda.

De acordo com a defesa de Guaranho, a medida é para que o ex-policial penal possa realizar tratamento de saúde necessário. “A decisão da Corte reconheceu a urgência no atendimento médico do cliente, que teria sofrido sequelas graves desde a prisão” argumentou a defesa em nota.

“Jorge Guaranho agora poderá realizar o tratamento em sua residência, acompanhado por seus familiares, enquanto segue monitorado eletronicamente” diz a nota.

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“Tal medida visa preservar sua integridade física, assegurando ao mesmo tempo que ele continue à disposição da justiça” informou a defesa.

“Permanecemos à disposição para quaisquer esclarecimentos e seguimos confiantes na condução de um processo equilibrado e justo” finaliza a nota assinada pelo advogado Samir Mattar Assad.

Família de Marcelo Arruda contesta decisão

No fim da tarde desta quinta (12), advogados que representam a família de Marcelo Arruda emitiu uma nota lamentando a decisão. De acordo com a nota, a família da vítima está devastada.

“A família da vítima já não suporta tamanho sofrimento, seja pela ausência de Marcelo, ou, ainda, por não ver o seu assassino cumprindo pena pelo crime tão brutal que decidiu praticar” pontua a nota.

Leia a nota

NOTA À IMPRENSA

– CASO MARCELO ARRUDA

A assistência de acusação recebeu com angústia a notícia de que, nesta tarde, o Tribunal de Justiça do Paraná concedeu a prisão domiciliar ao réu Jorge Guaranho, responsável pelo homicídio de Marcelo Arruda em sua festa de aniversário de 50 anos.

A decisão baseou-se em seu estado de saúde, sendo-lhe permitido aguardar o julgamento em sua residência, sob monitoramento eletrônico, para que receba tratamento médico.

A família da vítima já não suporta tamanho sofrimento, seja pela ausência de Marcelo, ou, ainda, por não ver o seu assassino cumprindo pena pelo crime tão brutal que decidiu praticar.

O que fica, nesta tarde, é o sentimento de muita tristeza por precisar acalmar a família de Marcelo, absolutamente devastada pela notícia.

Neste momento, esta assistência de acusação espera que o réu cumpra as condições impostas pelo Tribunal de Justiça e não tente se furtar ao cumprimento de futura pena. Além disso, também esperamos que o réu compareça à sessão do Tribunal do Júri designada para os dias 11, 12 e 13 de fevereiro de 2025.

Por fim, frise-se que a decisão do Tribunal de Justiça limitou-se à segregação cautelar do acusado, não havendo qualquer influência no mérito de seu futuro julgamento pelo Tribunal do Júri, continuando a crer, esta assistência de acusação, na efetiva condenação do réu por homicídio qualificado (crime praticado por motivo fútil e meio que resultou em perigo comum).

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