Liberação da cannabis para uso medicinal

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O desenvolvimento de remédios a partir das substâncias da maconha (cannabis sativa) vem sendo amplamente discutido no mundo inteiro, mas no Brasil o assunto ainda soa como tabu para muitas pessoas.

Estudos comprovam grande eficácia de seus componentes para o auxílio ao tratamento de doenças como câncer, depressão, dependência química, mal de parkinson e alzheimer, síndrome de dravet, dores crônicas, enxaqueca, insônia, epilepsia e autismo.

Para esclarecer o uso terapêutico da substância, uma Audiência Pública realizada na Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (29), reuniu deputados de diferentes bancadas para debater a necessidade de regulamentação do uso do medicamento no país.

A convite do deputado Goura (PDT), o deputado Requião Filho (MDB) também participou do encontro e defendeu a ampliação do debate pela liberação da cannabis para uso medicinal.

“Fiz uma enquete nas redes sociais recentemente e percebi que muitas pessoas confundem as propriedades medicinais com o uso recreativo da erva. Já há liberação e estudos avançados, até mesmo em países considerados conservadores, sobre o desenvolvimento de remédios e suas aplicações. Precisamos fazer o mesmo aqui e tratar o tema sem demagogia, sem preconceito. É falar abertamente sobre a regulamentação medicinal de uma substância, não de seu uso indiscriminado”, colocou o deputado.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) já autoriza neurocirurgiões e psiquiatras a prescrever remédios à base do canabidiol para crianças e adolescentes portadores de epilepsia, cujo tratamentos convencional não surte efeito. Porém, a importação do produto controlado, que não é fabricado no Brasil, só pode ser feita com autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e é um processo bem burocrático.

“Sabemos que muitos remédios convencionais causam dependência maior do que com as substâncias derivadas da maconha. Precisamos, portanto, ampliar o debate e perder o medo de falar no assunto”.

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