LIRAa aponta alta na infestação do mosquito adulto da dengue em Foz do Iguaçu

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Com período registrando pouca chuva, a opção utilizada pelo mosquito foi por depósitos maiores de água, como caixas, tonéis, cisternas e piscinas

O quinto Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa) de 2020, realizado pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) mostra uma alta no índice de infestação da forma adulta do mosquito e coloca a cidade em alto risco para epidemias.

Com 538 casos notificados e 82 confirmados, o município já iniciou o ano epidemiológico 2020/2021 acima da média dos outros anos. Assim como registrado no Estado do Paraná, Foz do Iguaçu também apresentou circulação simultânea de três sorotipos virais, havendo até aqui a predominância do DENV-2 em relação aos sorotipos DENV-1e DENV-4.

No LIRAa, realizado entre os dias 14 a 18 de setembro, foram amostrados 4.807 imóveis do município e realizada a leitura de 2.499 armadilhas. Analisadas, as amostras apresentaram Infestação Predial (IIP) de 0,85%, (forma imaturas do mosquito) e 16,60% do Índice Predial de Armadilhas (IPA).

O IIP tem como base o levantamento dos diversos depósitos/criadouros positivos para as formas imaturas (larvas e pupas) do vetor, classificando o município em “BAIXO RISCO” para epidemias das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, segundo os critérios de classificação de risco do Ministério da Saúde. O resultado desse indicador demonstra que menos de 1% dos imóveis vistoriados continham criadouros do mosquito.

“É importante destacar que as ações realizadas pelo município, intermediado pelo Comitê Municipal de Controle e Prevenção da Dengue, e o clima seco verificado durante esse período, colaboram para este resultado”, explica o chefe do CCZ, Carlos Santi.

Alto risco

No entanto, o IPA indica que a cada 100 armadilhas lidas, em aproximadamente 17 foram capturados mosquitos, estando o município em “ALTO RISCO” para epidemias de doenças transmitidas pelo Aedes, segundo o mesmo critério de classificação.

Com período registrando pouca chuva, a opção utilizada pelo mosquito foi por depósitos maiores de água, como caixas, tonéis, cisternas entre outros.

“Esses locais são justamente utilizados para o armazenamento de água, e por isso são considerados criadouros permanentes. Quando não cuidados adequadamente acabam se tornando uma ótima opção para o desenvolvimento de formas jovens do Aedes aegypti”. ressalta Santi.

“Outra situação verificada foi a quantidade de piscinas positivas. Isso é resultado do fato de que nesta época do ano, devido ao seu pouco uso, muitos proprietários não fazem corretamente o tratamento da água, permitindo assim a proliferação do vetor”.

Limpeza

Com a incidência de casos notificados de dengue acima do limite superior esperado para o atual período, e com comportamento epidemiológico similar ao registrado no último ano epidemiológico (2019/2020), quando foi registrada a maior epidemia da cidade, as ações são intensificadas com a fiscalização a imóveis abandonados, aplicação de inseticida (fumacê), limpeza de terrenos baldios, lagos e rios, desobstrução de bocas de lobo, bem como o trabalho de orientação e fiscalização casa a casa.

A participação da população é fundamental neste processo, com a limpeza de quintais e terrenos, eliminando possíveis criadouros do mosquito.

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