Movimento nas três lojas francas da cidade chega a R$ 29 milhões no primeiro semestre e espera aumento nas vendas de setembro a dezembro deste ano
O movimento das lojas francas neste primeiro semestre mostra Foz do Iguaçu com potencial em médio prazo de se tornar em um dos maiores centro internacional de compras no País, afirmou o prefeito Chico Brasileiro, ao analisar os dados da Receita Federal que apontam US$ 5,7 milhões (R$ 29 milhões) em vendas nas três lojas instaladas na cidade.
Chico Brasileiro avalia ainda que com o crescimento da visitação e o provável aumento de voos diários no aeroporto internacional das Cataratas, Foz tem outro diferencial. A fronteira entre o Brasil e o Paraguai pode praticar uma cota de compras de US$ 1.000 (US$ 500 nas duty free e US$ nas lojas de Ciudad Este). “Foz será um centro internacional de compras. É uma perspectiva comprovada agora nesse primeiro semestre que ainda vai trazer neste segundo semestre o impacto da volta forte dos turistas”.
São três lojas francas na cidade – Cell Shop, Liberty Duty Free e Duty Free Wines – com mais duas autorizadas pela Receita Federal: uma especializada em vinhos na Avenida das Cataratas e outra no Aeroporto Internacional das Cataratas. Nelas são vendidos produtos importados de qualidade e certificados e que podem ser comprados pelo cartão de crédito ainda de forma parcelada.
Outra cidade brasileira com free shops é Uruguaiana (RS) que registrou vendas de mais de US$ 8 milhões (R$ 40 milhões) no primeiro semestre, mas tem 10 lojas francas. A expectativa das lojas de Foz do Iguaçu é superar as vendas da cidade gaúcha com o aumento da visitação turística e com o incentivo da cota extra de mais US$ 500 para compras paraguaias.
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Turismo de compras
Na avaliação do prefeito, com mais lojas duty free, Foz do Iguaçu se tornou tão atrativa como Miami, o centro do turismo de compras nos EUA. “Todos os meses, milhares de brasileiros fazem longas, cansativas e caras viagens para comprar em Miami. Os preços das nossas lojas francas são mais competitivos que os principais centros de compras do mundo”, disse.
“Além do mais, em qual outra cidade no mudo que em dois ou três dias pode-se visitar as Cataratas do Iguaçu e outros atrativos, em outro dia fazer as compras nas lojas francas de Foz e ainda em mais um dia, as compras em Ciudad del Este. E ainda tem as visitas nas Cataratas do lado argentino e noite de gastronomia tanto em Foz como Puerto Iguazú”, completa.
Os números da Receita Federal corroboram a avaliação do prefeito para tornar a cidade num centro internacional de compras para os brasileiros. Segundo os dados do órgão federal, 90% dos compradores nas lojas francas de Foz são nacionais, 7,6% uruguaios, 1,9% argentinos e 0,5% de outras nacionalidades.
Segundo semestre
O empresário Jorbel Jacson Griebeler, da Cell Shop, uma das maiores lojas de departamentos de Ciudad del Este com uma unidade em Foz do Iguaçu, disse que o resultado das vendas da loja brasileira é muito considerável porque o país acaba de sair de uma pandemia.
“Mesmo com apenas três lojas, temos um grande potencial de crescimento. Também temos que levar em conta a quantidade de voos a Foz neste momento. Tínhamos 35 voos diariamente e hoje temos apenas 12”. Griebeler espera ainda o aumento dos voos para Foz e acredita “num segundo semestre com muito mais resultados”.
O presidente do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (Idesf), Luciano Stremel Barros, disse que as lojas francas são de extrema importância para as regiões de fronteira e qualificam o turismo de compras, criando mais emprego e renda. “As lojas francas ainda estão em um processo inicial, mas não tenho dúvidas de que essas lojas possam aumentar seu mix de produtos e agregar cada vez mais para as regiões turísticas”.
Além do aumento no fluxo de turistas registrado neste ano, em especial nas férias de julho, no segundo semestre, no Brasil, ainda haverá feriados no meio da semana, que estimulam o turismo regional em setembro (dia 7) em outubro (dia 12), em novembro (dia 2), e ainda o feriado prolongado em 15 de novembro. A partir do final de novembro, as lojas vão promover as “black friday”, além das compras de natal e ano novo.
(Com informações do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras)