Macuco do Brasil e Argentina realizam treinamento para resgate com segurança no rio Iguaçu. Veja fotos!

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Aproximadamente 70 colaboradores participaram da capacitação que aconteceu há poucos metros das quedas das Cataratas do Iguaçu

Equipes das empresas que operam passeios nos lados brasileiro e argentino do rio Iguaçu, logo abaixo das quedas das Cataratas do Iguaçu, participaram de um treinamento conjunto com simulação de acidente e resgate de vítimas nesta terça-feira (10).

Aproximadamente 70 colaboradores do Macuco Safari e da Iguazu Jangle foram mobilizados na capacitação. A agilidade na comunicação e o deslocamento das embarcações receberam avaliação positiva dos organizadores.

O treinamento, promovido pelo segundo ano consecutivo, busca aprimorar a comunicação e reduzir o tempo de chegada até as vítimas. Durante a prática foram utilizados 36 bonecos bonecos em tamanho natural.

“Do meu ponto de vista, achei que foi muito importante por envolver os dois países, tanto na parte de comunicação como na de resgate”, disse a enfermeira e socorrista Bruna Gabriela da Silva Marquardt.

“Os profissionais tem que ter essa proximidade entre eles, o que facilita bastante o trabalho”, frisou. O exercício, de acordo com Bruna, ajuda ainda a quebrar tabus. “Muitas pessoas acham que existe uma rivalidade entre nós (brasileiros e argentinos). E não tem! Esta parceria, esta prática, ajuda na interação entre eles”.

A socorrista, que é responsável pela segurança do Macuco Safari, avaliou como muito bom o tempo entre a comunicação e o deslocamento das embarcações de ambos os lados. “A gente sempre tem um barco que fica de reserva para resgate”, informou.

Agilidade
Bruna destacou que a embarcação brasileira leva uma vantagem sobre a da argentina, por ser menor. “Nosso barco tem rapidez e praticidade para resgatar pessoas da água, isto não quer dizer que o da Argentina não é assim. A agilidade é fundamental e todas as possibilidades são levadas em conta”, afirmou.

Ela conta ainda que a cada três meses a equipe do Macuco recebe uma simulação de salvatagem, “que é parecida com a de hoje. Simulamos pessoas na água e resgate”. A rotina de treinamentos ajuda aperfeiçoar as técnicas dos colaboradores. “Ajuda a perderem um pouco do medo, melhorar o posicionamento da embarcação, a comunicação com a equipe”.

“O que importa, em uma situação de emergência não é a nacionalidade. Não existem fronteiras. Existem pessoas a serem ajudadas”, disse. Bruna comenta ainda que a ideia é fazer mais treinamentos conjuntos, principalmente no período do inverno, quando se tem mais disponibilidade de tempo.

“Também pretendemos, futuramente, realizar esses treinamentos com pessoas, num lugar mais calmo, para simular uma fratura ou uma convulsão”. A capacitação envolveu toda a equipe – embarcador, eletricista, mecânico, piloto, copiloto, condutores de aventura (rafting) e equipe de socorro.

Melhorar os resultados
O gerente geral do Iguazu Jungle, Ignácio Nacho, disse que os resultados dos treinamentos são muito bons para a empresa argentina. “Começamos a fazer o exercício conjunto no ano passado, de forma mais interna. Este ano quisemos fazer mais formal, com apresentações ao ICMBio, Parque Nacional e à Prefectura Naval Argentina”, disse.

A intenção é, a cada ano, buscar novas técnicas para melhorar o desempenho das equipes, “sempre enfocando a agilidade no resgate e o aperfeiçoamento. Somos das poucas empresas que operam em rios na Argentina e buscamos maneiras de nos profissionalizar cada vez mais”.

Nacho afirmou ter percebido uma melhora significativa entre a comunicação e o deslocamento das embarcações até o local da ocorrência.

“Fizemos o resgate e buscamos agilizar o deslocamento até a finalização do socorro com o encaminhamento da vítima ao hospital. Foi muito bom o exercício. Ficamos muito contentes com os resultados. Na hora da emergência, o que conta é a união de todos, independente de país”, completou.

As informações são de Ronildo Pimentel com Assessoria, no GDia

Fotos: Roger Meireles

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