“Maddog” viaja no tempo e destaca evolução do software livre nos últimos 50 anos

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O diretor do Linux Professional Institute ministrou a palestra magna do Congresso Latino-americano de Software Livre e Tecnologias Abertas (Latinoware) 2019

Não poderia ser diferente: Jon “Maddog” Hall, diretor do Linux Professional Institute e um dos maiores entusiastas do diretor software livre mundial, foi responsável pelo pontapé inicial da 16a edição do Congresso Latino-americano de Software Livre e Tecnologias Abertas (Latinoware), nesta quarta-feira (27), em Foz do Iguaçu (PR).

Na palestra magna do evento, ele “voltou” meio século no tempo, até 1969, ano marcado pelo surgimento do Unix (o sistema operacional que deu base a todos os outros), a realização do tradicional Festival de Rock Woodstock e o seu início na área da programação. “Eu sou muito velho. Programava antes mesmo dos seus pais nascerem”, brincou com os estudantes da plateia.

Depois de falar dos primórdios, quando os computadores eram maiores, mais lentos e rodavam apenas um programa por vez, ele ressaltou marcos importantes que promoveram avanços na área. Como exemplo, citou o Linux Professional Institute, que foi criado em 1999 e hoje conta com mais de 170 mil profissionais certificados em mais de 185 países. “Mais importante que software ou hardware, o software livre está empoderando pessoas a abrirem suas empresas e fazerem negócios”, destacou.

E estes avanços vêm fazendo com que muitas pessoas deixarem de usar softwares proprietários, ou pelo menos diminuindo essa necessidade. “Tem muita gente que não gosta do Linux por causa da falta de jogos, mas isso está mudando; outros por precisarem de softwares específicos, sendo que hoje já temos mais de 430 mil aplicativos disponíveis”, afirmou. Além disso, segundo o especialista 60% dos servidores são Linux e a plataforma Android vem superando a iOS.

Além da boa relação com o Latinoware, Maddog tem uma ligação importante com o Brasil. Por aqui, ele participa ativamente de duas iniciativas atualmente: o Projeto Cauã, criado há 14 anos com foco na criação de empregos para os universitários se bancarem durante a faculdade; e o “Caninos Loucos”, que desenvolve Single Board Computers (SBCs) com estrutura aberta, hardware e software, para Internet das Coisas (IoT), em parceria com o Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico (LSI-TEC) e a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP).

Latinoware

O Latinoware é promovido pelo Parque Tecnológico Itaipu (PTI) e pela Itaipu Binacional . – custam R$ 80 e podem ser feitas nos dias do congresso, diretamente na secretaria do evento. A programação completa está disponível em https://2019.latinoware.org/programacao-2019/

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