Mais de 1.200 pessoas acompanham a festa de premiação do Rally Transparaná

WhatsApp
Facebook
Chegada do 29º Rally Transparaná no Palácio Iguaçu, em Curitiba. Foto Gilson Abreu/AEN

Depois de atravessar o Estado em cinco dias, passando por 173 municípios, os competidores do Rally Transparaná chegaram neste sábado (25) a Curitiba. Os vencedores da maior competição off-road de regularidade das Américas foram premiados em evento no Palácio Iguaçu, no Centro Cívico. A festa da chegada foi marcada por alegria e emoção e muita confraternização. Mais de 1.200 pessoas foram acompanhar a chegada, em cenário com música ao vivo e a presença de food trucks.

O Rally Transparaná faz parte dos Jogos de Aventura e Natureza, criados pelo governo estadual para difundir as belezas naturais, estimular o turismo e a economia do Paraná. “Foi um evento esportivo de grande repercussão, abrilhantado também por ações sociais, de solidariedade e de sustentabilidade”, afirmou Tiago Campos, diretor de inovação e desenvolvimento da secretaria estadual do Esporte e coordenador geral dos Jogos de Aventura e Natureza. “Uma grande festa na chegada dos pilotos, um grande palco para toda a comunidade participar”, disse ele.

Leia também

Além da festa dos atletas e da premiação, foram entregues 3 toneladas de alimento arrecadados pelos competidores e pela organização do evento que serão doadas a entidades assistenciais. “O Rally Transparaná foi um sucesso total, envolvendo neste ano mais de 170 municípios. O evento se torna cada vez mais tradicional e com grande potencial para a economia e o turismo”, afirmou o secretário do Esporte, Hélio Wirbiski. “Neste sentido, é totalmente alinhado a estratégias do governo estadual para o desenvolvimento do Estado”, enfatizou.

Com muita lama, chuva, desafios e aventura, o evento contou com a participação de 250 atletas vindos de todo o país, que competiram em 12 categorias de provas, divididas em jeeps e motos, e percorreram mais de 1.500 quilômetros entre as quatro regiões do Paraná, com a largada oficial acontecendo na última terça-feira (20) em Foz do Iguaçu.

Vinicius Gunha, diretor geral do Rally Transparaná, fala sobre como foram os seis dias de prova. “Apesar das chuvas em todas as cidades, que complicaram um pouco a pista para os pilotos e navegadores, essa edição do Transparaná foi fantástica, uma festa linda”, disse ele. Gunha destacou o apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria do Esporte. “Foi fundamental”, afirmou.

MULHERES – Vice-presidente do Jeep Clube de Curitiba, Ana Carolina Wedderhoff disse que a participação das mulheres está bem ativa. “A gente tem muita força. Começou devagarinho, umas chamaram outras e hoje somos muitas”, contou. Ana Carolina lembra que há mulheres pilotas e navegadoras. “Outras estão entrando agora, mas já super entrosadas. Percebo que o preconceito está mais dentro de nós. Os homens são super respeitosos e incentivadores”,

Michael da Silveira Masson, navegador, de Capinzal, Santa Catarina, e Leandro Rodrigo Riffel, piloto, de Piratuba, também em Santa Catarina, foram dois anos seguidos vice-campeões da categoria master. Eles destacaram as características do Paraná. “O Estado muda muito de região para região, as características do solo, o clima, isso também faz com que a prova fique mais gostosa, não fica monótona. Pegamos barro, areia, barro, grama”, contou Michael.

Eles elogiaram a organização do Jeep Clube de Curitiba que, segundo definiram, foi impecável. “Nosso trabalho foi percorrer o trajeto e nos divertir”, afirmou Leandro. “A dificuldade ou facilidade é a gente que conduz, a função da equipe, do diretor de prova e da organização é tentar dificultar a nossa vida o máximo possível”, explicou.

PARANÁ LINDO – Dirceu Salla, piloto, participa do Transparaná há seis anos. Há três anos, o filho Diego passou a ser seu navegador. “O rally é muita emoção, muita adrenalina, a gente faz amizades. É show de bola, uma semana que desestressa”, disse Dirceu.

Ele contou que nesta edição houve muitas adversidades, muita chuva na largada, em Foz do Iguaçu, de Foz a Cascavel e a Laranjeiras do Sul. “Estava muito liso. Esse Transparaná foi mais forte, mais competitivo em termos de piso, terreno, e de competidores também, tinha muita gente boa andando, gente do Brasil inteiro”, contou. O Paraná é lindo, a gente sai de Foz do Iguaçu com belas paisagens, aí passa em vários lugares muito bonitos, muito lindos. Como vem competidores de todas as regiões o pessoal adorou”.

Alexia Dierberger (piloto) de Limeira (SP) e Alexsander Lopes da Silva (navegador) de Minas Gerais, disputaram na categoria Light (jeep). Eu e a Josi somos as as únicas mulheres pilotas do rally de regularidade. Sempre é um desafio, ainda mais por conta das chuvas, que deixaram o terreno bem escorregadio, mas é disso que a gente gosta, viemos para superar desafios e mostrar que a mulherada não tem medo e tem garra pra completar a prova”, disse Alexia.

ANJOS DA GUARDA – O casal Moroni e Valéria são mecânicos que fazem parte da equipe de apoio do evento, garantindo suporte para os jeeps durante o rally. São conhecidos como anjos da guarda. Fazem o fecha trilha, que é ir por último atrás de todos os jeeps pra poder ajudar e acompanhar quem precisa. Eles são acompanhados pela afilhada Ana Clara (14) e o filho Gustavo (12).

“Estamos há cinco anos fazendo o fecha trilha do Transparaná, que sempre foi um sonho para nós. Participamos de off-road, Jeep Clube, trilha há mais de 10 anos. Para as crianças foi a primeira experiência. Decidimos levá-las para ter uma nova geração de navegadores e pilotos. Desde pequenos eles fazem trilha com a gente”, disse Valéria. “Nos divertimos muito e trabalhamos mais ainda, mas foi recompensador porque é um sonho sendo realizado”, completou.

Moroni e Valério falaram sobre perrengues e adversidades, como jeep quebrado, jeep que bateu e abraçou a árvore, socorro, jeep que estraga e tem que puxar, rebocar, arrumar para poder andar até um lugar que tenha sinal pra pedir socorro. “É uma correria porque ainda tem que seguir com o resto do fecha trilha, então a outra parte da equipe vai seguindo, a gente ajuda quem tá quebrado e se encontra em outro ponto pra continuar”, narrou Moroni. “A gente trabalha nas sombras, então o pessoal só dá valor e só se lembra de nós quando precisa, mas tudo isso vale a pena”, afirma o mecânico, emocionado.

Confira a lista com os campeões de cada categoria:

CATEGORIA MASTER – Leandro Rodrigo Riffel (piloto) / Michael Masson (navegador) / Piratuba/SC – Capinzal/SC
CATEGORIA GRADUADO – Vinicius Parizotto Gustman (piloto) / Felipe Tavares (navegador) / Casto/PR
CATEGORIA TURISMO – Marco Brigagao Carraresi (piloto) / Leonardo Farmarin Carraresi (navegador) / Sorocaba/SP
CATEGORIA LIGHT – Vitor Delfrate Neto (piloto) / Guilhermo Delfrate (navegador) / Palmeira/PR
BIG TRAIL ENDURO – Emerson Loth “Bomba” / Curitiba/PR
BIG TRAIL GARUPA – Cristiano Stresser da Silva / Foz do Iguaçu/PR
BIG TRAIL FEMININA – Andreia Pasa / Curitiba/PR
BIG TRAIL DUPLAS – Simone Barion / Jundiaí/SP
ATÉ 450cc – Caique Mehl / Colombo/PR

Mais notícias

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *