Equipes do Centro de Controle de Zoonoses e Agentes Comunitários de Saúde seguem com as vistorias ambientais nas regiões do Morumbi, Três Lagoas, Porto Meira e Vila C
Todo mundo sabe que o mosquito da dengue nasce e se desenvolve em locais com água parada. Apesar disso, as equipes do Centro de Controle de Zoonoses, em conjunto com os Agentes Comunitários de Saúde, seguem encontrando potes plásticos, sacolas, garrafas, pneus e diversos tipos de materiais com água parada ou que podem se tornar criadouros do Aedes aegypti nos quintais das casas.
Somente nos primeiros dias da Mobilização de Combate à Dengue da Prefeitura de Foz do Iguaçu, que começou na segunda-feira (28), foram vistoriados 4.541 imóveis nas regiões do Morumbi, Porto Meira, Três Lagoas e Vila C – bairros de alto risco para a doença. Também foram fiscalizados 30 imóveis/ terrenos baldios e aplicadas 16 multas pela Secretaria da Fazenda. As infrações somam R$ 51,7 mil.
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O mutirão segue até sexta-feira (01), mas as ações do CCZ continuam ao longo do ano, assim como dos Agentes Comunitários de Saúde, que fazem a busca de pessoas com sintomas de dengue e a Secretaria da Fazenda, com o trabalho de fiscalização a imóveis abandonados, com entulhos, terrenos baldios ou com mato alto.
Para o supervisor de vetores do CCZ, Renato Birkhuer dos Santos, a situação é muito preocupante, tendo em vista os casos de dengue, que seguem em alta. “A situação é de inconformidade com esse cenário. Acreditamos que as pessoas estejam ouvindo sobre a dengue há vários anos, o que causa um certo nível de comodismo. A população, muitas vezes, não dá atenção para as orientações dos agentes, sendo que essas orientações são muito importantes no trabalho de prevenção”, disse.
A secretária de saúde, Rose Meri da Saúde, lembra que o município tem feito a sua parte na luta contra a doença, mas que a conscientização da população é essencial. “Cerca de 70% dos focos de dengue estão dentro das casas. A prefeitura nunca parou de fazer a parte dela, com vistorias, fiscalização e suporte no atendimento médico, mas a sociedade precisa contribuir e fazer a sua parte, mantendo os quintais limpos e eliminando possíveis criadouros”, alertou.
O novo ano epidemiológico da dengue, que começou em 1º de agosto, já contabiliza 65 casos e 739 notificações. Os números estão muito acima da média para o período, o que preocupa as autoridades em saúde. O ano epidemiológico 2022/2023 fechou com mais de 55 mil notificações e 14 mil casos confirmados de dengue, além de 22 óbitos pela doença.