A fila por consultas médicas especializadas em Foz do Iguaçu ainda ultrapassa a marca de 5 mil pessoas. Mesmo com avanços registrados nos últimos meses, a escassez de profissionais em áreas como neuropediatria e gastropediatria obriga muitos pacientes a procurar atendimento particular.
De janeiro a agosto de 2025, a Secretaria Municipal de Saúde conseguiu reduzir o tempo de espera em diversas especialidades, como neurologia, oftalmologia, otorrinolaringologia e ginecologia, sem aumento no orçamento. A queda foi resultado de mutirões — como o realizado em março, que atendeu 330 pacientes —, da integração entre setores da rede pública e da busca ativa de usuários com cadastro desatualizado.
O secretário municipal de Saúde, Fabio de Mello, avaliou os resultados como positivos, mas destacou que ainda há desafios a serem enfrentados. “Sabemos que ainda há muito a ser feito, mas em oito meses tivemos expressivos avanços. Nossa intenção é diminuir ao máximo o tempo de espera em todas as especialidades”, afirmou.
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Atualmente, a fila registra os seguintes números: oftalmologia caiu de 2.632 para 1.380 pessoas (48% de redução), otorrinolaringologia passou de 563 para 325 (42%), ginecologia diminuiu de 5.900 para 3.033 (48%) e neurologia reduziu de 1.049 para 542 pacientes (49%). Parte dessas filas ainda inclui cadastros pendentes de atualização.
Mesmo com a redução significativa, especialistas avaliam que zerar a fila é praticamente impossível devido à demanda contínua. Hoje, a espera pela primeira consulta em áreas como neurologia, otorrinolaringologia e oftalmologia varia entre 30 e 60 dias, podendo se estender em razão da falta de médicos.
Nos próximos meses, a Prefeitura deve lançar novos editais para contratação de profissionais e ampliar parcerias com instituições como a Associação Fraternidade Aliança (AFA), Apae e o Centro de Nutrição Infantil (CENNI), buscando reforçar as áreas mais carentes.
A Secretaria de Saúde reforça ainda a importância da atualização dos cadastros, já que a falta de dados corretos pode levar à perda de vagas. Segundo a diretora de Atenção Especializada, Tatiane Elias, está em andamento a modernização do sistema de busca ativa, mas a colaboração da população é essencial para agilizar o processo.
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